Clube de leitura: 7ª rodada

Medo de escuro escrita porThammi Lima




Sinopse: O escuro é algo que mexe com qualquer um. Às vezes nos faz imaginar coisas. Criar coisas. Às vezes não.
Com ele não foi diferente.

Clique aqui para ler a história



Leituras:


 
Marcio Fonseca


Vamos lá! É a primeira vez que faço uma resenha para o Clube da Leitura, e esta fanfic merece crédito. O título da fanfic (Medo de Escuro) já começa retratando algo que, seja do que for, todos já tiveram este medo. Tanto para crianças, como para adolescentes e até mesmo para adultos, o medo do escuro é algo que vem de longe, e é um dos piores medos por "brincar" como nossa imaginação. E por sermos seres-humanos, quase não acreditamos no que não podemos ver: o que pode ser muitas vezes uma ameaça. 

Agora vamos à fanfic: A narração em primeira pessoa é uma coisa de que realmente gosto. Acho que este tipo de narração nos faz ficar mais dentro da história do que é para estarmos, e assim sentimos tudo o que o personagem sente. O tempo verbal para a história também foi uma boa escolha: o passado. Falar de algo que já aconteceu deixa não apenas uma história ou conto, como qualquer outra coisa, bem mais interessante. Acho que é pelo fato de que por aquilo já ter acontecido, o leitor anseia cada vez mais pelo final, e pelo estado em que o personagem se encontra "agora", no presente. 

A história se desenrola enquanto o narrador-personagem anda pela casa durante a madrugada em busca do disjuntor de luz depois de um breve apagão. Sua mente brinca com ele e, quando qualquer barulho é escutado, o medo é inevitável. Mesmo assim ele continua sua "jornada" e é então que um pouco de ação começa a entrar a cena da fanfic. A imagem daquela menininha que parece tão inofensiva aparece para ele, grunhindo e rosnando. Fica um pouco difícil imaginar alguém inofensivo fazer estas coisas, pois custa um pouco mais de imaginação: o que faz tudo ficar melhor. O narrador-personagem até já se esqueceu do propósito que tinha em mente, e a atenção à menina fica mais forte. O leitor vai ficando mais curioso conforme o homem (sem nome xD) começa a perguntar sobre a menina, e as informações são: ela mora na mesma casa do homem; não vem sozinha; sua mãe está na porta e; seu pai está... bem atrás do personagem. 

Quando o final chega "falando isso", a boa de qualquer leitor vai ao chão. Você implora para autora continuar aquilo, mas no final tem de se convencer de que acabou ali. O ar de mistério fica pairando sobre a cabeça dos leitores, indignados e boquiabertos. Tenho certeza de que não apenas eu, como a maioria dos leitores teve vontade de bater na autora, e ao mesmo tempo beijá-la. O leitor inventa tantos e tantos outros finais na história, para algo que poderia ter acontecido após aquele final, que esquece até que aquilo foi uma "one-shot", e que aquilo acabou ali, e é você quem tem de continuar, mas na SUA cabeça.



Carolina Fernandes



Medo de Escuro?

Comecei a ler a história preparada para todo o medo que eu estava prestes a sentir, afinal, sou uma pessoa medrosa, mas minhas expectativas de me deparar com uma narrativa aterrorizante foram boicotadas. Logo nos primeiros parágrafos eu me peguei rindo. A narração em primeira pessoa da personagem tirando sarro de si mesma por ter medo de escuro foi algo condizente com a realidade, contudo quebrou o clima de suspense e terror, em minha opinião.

Sinto que quando queremos amedrontar uma pessoa, descrevemos aquilo que pode causar-lhe medo. No caso, se a história tratava do medo do escuro, talvez devesse ter feito o escuro mais presente, mais visível. A personagem ficou a maior parte da narrativa narrando os próprios sentimentos, os quais eram, em geral, sobre a forma como se sentia patético por ter medo de tal situação. O local foi pouco ambientado. Mal pude ver a casa velha, um fator que poderia ter sido extremamente explorado para causar medo ou simplesmente suspeitas. O escuro, que deveria ser o fator central, mal foi descrito. Eu, pelo menos, quando estou no escuro, vejo sombras que não estão lá e pareço duvidar da presença de alguém em cada canto obscuro da casa, porém não notei esses pequenos detalhes descritos.

O tom de humor da narrativa me levou a pensar que o enredo visava satirizar esse medo bobo de escuro, levando-nos, por meio da ironia e sarcasmo, a um final que quebraria todas as expectativas, como um gato enlouquecido por ter ficado preso na casa. Seria como dizer: “Está tudo na sua cabeça, viu só?”, entretanto, lá para os parágrafos finais da história, surgiu uma menina suspeita. Eu, levada pela leveza da narrativa, acreditei piamente até as últimas linhas que não passava de uma garotinha estranha que havia entrado no lugar para se proteger do frio... Qual foi minha surpresa quando ela deixou a entender que morava na casa junto com seu papai e mamãe. O final me pegou de surpresa e foi a única parte que me causou certos calafrios de medo.

Aí fiquei me perguntando, se a família era mesmo de espíritos malignos, qual seria a grande diferença se o protagonista seguisse o conselho do antigo senhorio e continuasse na cama? O cobertor era algum tipo de manta mágica feita de ferro e sal grosso que impediria os fantasmas de pegá-lo pelo pé? Ou simplesmente os fantasmas não gostavam de conversar e ficavam nervosos por esbarrar com alguém durante sua diversão da madrugada? Não entendi, mas é uma one shot, então acho que a história sempre vai ficar um pouco em aberta ou com algumas pontas soltas.

O português da autora é bom e leve, nem um pouco cansativo de ler, e a narrativa foi bem estruturada, contudo, não sei bem se ela conseguiu atingir o objetivo que queria. Talvez o humor não devesse ter acontecido ou talvez o final devesse ter sido diferente... Não sei. Por mais que uma parte minha tenha gostado da história, outra, maior e mais forte, acredita que faltou alguma coisa e que a one poderia ter sido bem melhor.



The Escapist 



Medo do Escuro

One shots são muito difíceis na minha humilde opinião, porque você tem poucas palavras (geralmente) para contar muita coisa, mas aqui a autora conseguiu contar uma excelente história mesmo assim. Gostei da discussão do personagem consigo mesmo, questionando-se por temer o escuro, o que é de fato interessante, um homem que já deve ter passado por experiências muito mais desafiadoras - um divórcio, por exemplo - ficar assustado com uma luz apagada. Mas no fim das contas ele não me pareceu tão covarde assim. Uma grande qualidade de qualquer história é fazer com que o leitor se sinta de alguma forma ligada ao personagem, que possa por algum momento se imaginar no lugar dele, e quem nunca teve medo do escuro? Eis a questão. É incrível como na escuridão tudo se torna mais intenso, inclusive o próprio medo. Encarar o escuro é encarar monstros que por vezes estão apenas na nossa cabeça.

E o que dizer do suspense? Genial! Por um instante eu fiquei pensando que seria tudo coisa da cabeça do cara, mas de repente surgem aquelas criaturas. Realmente assustador. Infelizmente o fim da história me deixou com a sensação de "What?", sem saber o que aconteceu então; claro que é totalmente possível imaginar várias coisas, acredito ter sido essa, aliás, a intenção da autora, mas ela poderia ter dado alguma pista do que aconteceria com o personagem, mas enfim, sendo da escola do Stephen King eu já me encarreguei de pensar o pior.

O que é necessário observar também nessa história é a escrita perfeita. Gostei muito do ritmo da narrativa, mesmo ela sendo em primeira pessoa - eu sou cismada com narração em primeira pessoa, mas nesse caso não houve nenhum problema de confusão e tal, a autora soube explorar muito bem as emoções da personagem.

Por último, mas não menos importante, tenho que mencionar a ausência de erros ortográficos; bem, a gente encontra cada "pérola" por aí que não se pode deixar de comentar quando vê uma fic assim toda bonita e dentro do padrão da norma culta da língua, muito legal.


Anne
(Liga dos betas)


Empurrei todos os empecilhos que até agora me impediram de participar do Clube de Leitura penhasco abaixo; resolvi de vez aquele probleminha: nunca escrevi uma resenha! Tudo isso, só pra não perder a última rodada do ano. Olha, valeu a pena.

Medo de escuro é aquele tipo de estória que te faz lembrar aquele terror que toda pessoa sentia nos tempos de criança, quando era necessário levantar no meio da noite para ir ao banheiro ou beber água. Quem nunca ficou morrendo de sede uma madrugada inteira, só porque achava que alguma coisa iria te puxar pra debaixo da cama assim que colocasse o primeiro pé no chão? Ou quase fizeram xixi nela, porque sua imaginação criava coisas horrendas que poderiam te pegar quando abrisse a porta do banheiro ou a caminho dele? Assim que li a sinopse, lembrei de todos os meus medos daquela época. 

Mas ao começar a ler, fui percebendo que o medo que a fic da Thammi se refere nos primeiros parágrafos, vai muito além dos medos infantis e da imaginação fértil do protagonista. É o medo do desconhecido, daquilo que pode estar a te espreitar no meio da escuridão total, é o pânico de não saber o que pode vir à tona a cada passo que você dá em direção a um lugar seguro ou à saída, é o pavor que faz embrulhar o estômago e acelerar os batimentos cardíacos ao máximo assim que se tem noção do perigo que o que está oculto pode trazer. Ele é real, tangível e temível, é uma menina tão branca como a cera de uma vela e seus pais, que creio eu, possuem a mesma aparência que ela.

Mil e uma ideias me veio à mente no começo da leitura, mas aí... 

O suspense foi se intensificando conforme a leitura avançava, fazendo com que um temor pelo que viria a seguir surgisse, tudo parecia muito real. Porém, depois de alguns parágrafos isso se perdeu, foi bem sutil, mas perceptível. Essa perda fez com que o conflito não causasse tanto impacto e surpresa. Outro ponto que não contribui com a estória foi dar uma certa ênfase aos feitos do protagonista, essas informações acrescentaram pouquíssimo, o dado mais importante era a idade dele, um homem adulto não deveria ter tanto medo do escuro ou deveria? 

Nessa fanfic, sim.

A escrita foi bem suscinta, muitas informações em poucas palavras, não se vê muitas One-Shot de suspense assim, a grande maioria peca escrevendo mais do que o necessário nesse gênero. Me surpreendi quando ficou claro o que era que estava fazendo aqueles barulhos, foi bem incomum, pensei que fosse algum tipo de monstro ou até mesmo um demônio, e não uma família inteira! 

Medo de escuro nos traz uma simples mensagem: É bom ter medo daquilo que não se pode ver. Pois quando você enxergar o que te assombra, acabou.

•••

“A madrugada é o horário preferido deles, doutor.”

Aviso do senhorio ao coitado do protagonista, que infelizmente, só o levou em consideração, quando já era tarde demais.




MissJeevas


Tenho um gosto por esse tipo de história, com certeza. Um fascínio peculiar sobre o que o ser humano considera desconhecido, mas ao mesmo tempo não tem intenção de investigar mais a fundo. O personagem principal, mesmo sem nome, me deu uma prova concreta disso, quando tentou pensar que não era nada, não tinha coisa nenhuma de diferente, só um apagão. Se fez pensar e se envolver em uma armadura, mas a menor rachadura pôde corrompê-la inteira e mandá-lo diretamente para uma banheira vazia.

A narração em primeira pessoa, na minha opinião, teve uma participação particularmente impecável nessa história. Não foi narrada considerando somente os aspectos físicos do ambiente e foram levados em conta os sentimentos do personagem. Algo que faltou (só um pouco) foi a descrição um pouco mais aprofundada do personagem e do local onde se encontrava.

Acho impressionante os que conseguem, pois eu realmente não consigo, fazer um final que instigue a curiosidade do leitor. Foi surpreendente, e sim, eu me peguei correndo para ligar a luz do quarto e tentando imaginar um final que se encaixaria. Mas qualquer coisa que fosse colocada a mais ali, estragaria completamente a "mágica". O suspense, afinal, fez tudo valer a pena.


Kéren Priscilla



"Medo de escuro" é uma Fanfic bem escrita, sim, o autor passa bem a imagem de um livro, já li varias fanfics no Nyah com histórias simplesmente impressionantes; apesar disso mal escritas talvez por falta de interesse do autor, ou até mesmo por falta de prática.

Eu achei bem classificada na categoria, tem um suspense delicioso deixa o leitor preso, e mesmo que eu quisesse fechar e ler o resto no dia seguinte não conseguiria; nos deixa com vontade de saber se afinal é real ou não, ou seja, ele está vendo coisas, ou elas realmente existem? Quem são “eles” que o tal senhor falou? As peças são bem encaixadas no final explicando bem esses detalhes.

Achei o final interessante, ele dá um espaço para nós imaginarmos o que quisermos, não termina com o personagem sendo esfaqueado, o que acabaria com o suspense do o que aconteceu. Eu, sendo muito curiosa, fiquei louca para saber o que aconteceria depois. Como autora sei que não saber é exatamente a intenção, mas acredito que nesse caso a historia merecia uma continuação.

Não tenho nada a reclamar achei a ideia boa e bem explorada. Como diria socialmente: “curto e compartilho”.


Sweet Poppy


No geral, penso que a one não tem muito terror (ou talvez eu seja demasiado céptica para me deixar assustar), embora na "madrugada" tudo dependa da nossa interpretação da realidade. Tem alguns pequenos momentos de descrição e breves monólogos e lembranças de diálogos travados no passado que, assim como na conversa final com a menina (e posterior apresentação da sua família rsrsrsrsrsrs) produzem no nosso íntimo um pouco de medo. Ainda assim, talvez devido à comicidade de certas partes do texto, o elemento que poderia vir a despertar pavor no leitor perde-se e acaba sendo pouco explorado. A par disso temos o típico cliché da "casa assombrada" - um novo morador numa casa que desconhece. "Seu Pedro" seguiu um princípio lógico: se nos apanharam a nós (quando nos venderam a casa), também nós podemos apanhar outros (vendendo-a e passando a batata quente para o próximo proprietário). E claro, apesar de mais que avisado (com toda aquela ladainha sinistra), o comprador cai sempre! Que é preciso, afinal? Que as paredes sangrem? Como é que alguém consegue ignorar tão bem o óbvio: «Acorda meu, há demónios ou fantasmas ou outro tipo de criatura medonha a habitar a casa que estás prestes a comprar!!!»

Apesar disso o medo do escuro, e tudo o que a ele foi associado no texto, foi bem desenvolvido e acabou produzindo um bom cenário para o desenrolar da história. O vocabulário é primoroso e as construções frásicas estão bem feitas. É um texto, que ao mesmo tempo é simples, pois é fácil de entender e de captar o essencial, é complexo, na medida em que se pode ir além do "captável" e transpor aquele final misterioso, imaginando o que se poderia ter sucedido a partir daí.

É um bom texto e, apesar do cliché, acho que o principal a apontar é que carece muito daquilo em que se deveria centrar "o factor medo". 

Não se podem fazer omeletes sem ovos. Também não se deve escrever um conto de terror sem manipular e fazer uso do medo.


Elyon Somniare
(Liga dos Betas)


Com um narrador autodiegético, o conto explora o medo, quase fobia, que o seu narrador tem do escuro. Através das informações que a própria personagem vai fornecendo, somos capazes de construir a sua psicologia, a consciência da irracionalidade do seu medo, especialmente quando compara a experiência de um divórcio recente com o acto de caminhar no escuro, e as pequenas deixas que no passado contribuíram para um certo temor sobrenatural no presente, como foi o comentário do proprietário da casa onde o protagonista agora mora, referindo um “eles” que preferem a madrugada. Ao mesmo tempo, o protagonista e narrador tem também consciência do que está na origem desse medo, referindo a grande força da imaginação, que no seu caso – e no da maioria das pessoas – tem tendência a apresentar os piores cenários. Resumindo, temos uma personagem com consciência de que o seu medo advém de algo irreal, mas ainda assim incapaz de o relevar como tal.

O final, no entanto, inverte tudo isto. O irreal torna-se no real, e o medo ganha uma base. Não sendo exactamente original, considerei muito bem executado, desde o diálogo entre o protagonista e a menina, até às respostas desta última, não apenas verbais, mas também gestuais. Não nos é dito especificamente o que acontece, mas sim o suficiente para o adivinhar. Considerei esta resolução como o ponto alto do conto.

Em termos narrativos, a autora recorre a frases demasiado longas, que por vezes falham em transmitir a mesma intensidade ao leitor que frases mais curtas conseguiriam – isto é particularmente importante para a primeira frase, visto ser o primeiro contacto que o leitor tem com a história. Também me pareceu que vez ou outra o narrador divaga demais nos detalhes descritivos, no entanto, no geral está algo bastante bem feito. A escrita é cuidada, usa boas comparações, e consegue transmitir perfeitamente a contextualização espacial, bem como a imagem do protagonista, sozinho no escuro, com apenas uma vela.

Concluindo, trata-se de um conto de terror psicológico que, não sendo original, se encontra bem conseguido, bem trabalhado e bem contextualizado. E extremamente bem finalizado.



Fujoshi Otaku


Depois de ler o título e confirmar que a história seria de terror, meu coração já começou a acelerar e comecei a suar frio também. Apesar de morrer de medo, tomei coragem e comecei a ler a fic. Quanto mais eu lia, mais meu medo aumentava. Sim, eu morro de medo do escuro, me senti na pele do personagem e sofri junto com ele.

Falta de energia pode até ser algo comum, mas quem se esconde em uma banheira quando isso ocorre? Soltei algumas risadas imaginando essa cena em terceira pessoa, já que eu estava lendo a história como se fosse comigo.

Outro ponto tocado que aumentou o meu temor, foi a de o personagem morar em uma casa antiga. Tem cenário mais clichê que isso? Não que eu me lembre. Pois então, quando li que era uma casa antiga, todos aqueles filmes e livros voltaram a minha mente. Sinceramente eu estava quase chamando a minha mãe. Posso estar exagerando, mas quando o assunto é medo, cada um tem o seu e só você sabe a quantidade dele. Para mim, que sou muito medrosa, qualquer coisa assusta.

Não desmerecendo a história, longe disso, ela tem uma ótima narração, que como já dito, me fez estar na pele do personagem. Algo com que eu realmente fiquei admirada foi o fato de a autora explicar por que o cara vai para o porão. Não sei outras pessoas, mas se eu morasse em uma casa antiga, em que foi me avisado para não sair no início da madrugada por causa "deles", e acabasse a energia, eu pegava meu celular e corria para debaixo das cobertas na minha cama. Parabenizo a coragem do personagem.

O fim foi perfeito, deixou minha mente trabalhando a mil para pensar em quantas possibilidades diferentes poderiam acontecer dali. Eu achei surpreendente, e gostei bastante.

Não acho que a história esteja perfeita, pois isso é quase impossível de se conseguir, porém não tenho críticas.


Holly Robin
(Liga dos betas)



‘Medo de escuro’, escrita por Thammi Lima, para uma história de terror, não deixou nada a desejar. Na verdade, ela transmitiu mais angústia do que medo porque é impossível não se apegar ao personagem principal.

O que cativa em uma one-shot é o fato de uma história tão curta conseguir prender a nossa atenção. Não precisamos saber muitos sobre os personagens para achá-los queridos e compartilharmos de seus medos e angústias. 

A trama foi simples, o uso de casas abandonadas em histórias de terror é muito comum, mas a grande capacidade da autora em prendê-lo aos mínimos detalhes é o que chama a atenção. Um dos aspectos mais interessantes é o fato de ter sido escrita em primeira pessoa, o que o prende ainda mais ao personagem. Por pior que sejam os seus defeitos você deseja que nada de ruim aconteça a ele. Mesmo sabendo que será o contrário.

A criança fantasma que aparece no final da fic pode levar a leitora a sentir certa compaixão pelas criaturas sobrenaturais que moram na casa. Mesmo que por pouco tempo, pois o final, apesar de ser o esperado por muitos, consegue nos deixar um pouco perplexos. É como se nos pegasse de surpresa. 

“Então fez-se silêncio.”, eu AMO frases curtas e ler um final assim deixou o meu dia o mais feliz do mundo, porque ficou muito bom! Realmente, não tenho muito que dizer sobre esta one-shot, só que ficou muito boa!

E que me deixou angustiada. De verdade.


Hairo Rodrigo


Muito bom conto. Da primeira vez que li o conto, confesso que fiquei pensando que talvez ficasse melhor com alguns capítulos a mais. Depois, porém, percebi que o final silencioso, misterioso e indecifrável acaba por deixar o coração na mão de uma maneira diferente, e talvez até mais gostosa.

Achei que no começo, principalmente, o texto divagou um pouco. Algumas frases um pouco longas e algumas descrições, talvez desnecessárias, atrapalharam um pouco o estabelecimento de um ritmo tenso como a história pede. Confesso que fiquei surpreso, tendo em vista o que já conhecia de outras obras a autora e sua indiscutível habilidade de conversar com o leitor.

Mas assim que o texto se desenvolve um pouco mais, tudo isso fica para trás e a história flui melhor, de maneira mais direta, concisa e firme, até o final tenso e envolvente. O título, a capa e o desenvolvimento do texto fazem dessa uma perfeita história para um Halloween, e eu não esperava nada diferente de uma autora que sabe bem o que fazer com as suas histórias.

É muito difícil não se identificar um pouco com a personagem principal. Afinal, seja quem for, até a pessoa mais corajosa do mundo já soube em algum momento na vida o que é ter medo de escuro, e o grande poder da nossa imaginação quando lidamos com o breu desconhecido.

E, se serve de alguma coisa, ainda acho que a história poderia se desenvolver ainda mais caso ganhasse a oportunidade de continuar, como originalmente planejado. Gostaria de ver a continuação, por que é impossível ler e não ficar imaginando o que vem a seguir. Apesar de saber que tecnicamente o final esteja melhor assim, todos os leitores devem concordar comigo quando eu digo que a curiosidade sempre fala mais alto.




2 comentários:

  1. e-e Minha resenha foi a primeira haushaushuahsua Gostei das outras resenhas, bem explicativas e cativantes :)

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  2. Oie! Voltei aqui rapidamente, agora que me sobrou tempo e uma conexão com a internet vinda de não-sei-onde pra agradecer a todos que participaram, mandaram suas resenhas, deram suas opiniões. A TODOS VOCÊS, MEU MUITO OBRIGADA. Li todas e tenho vocês em alta conta ^^ Obrigada pelas opiniões sinceras. Vejo vocês nas próximas rodadas do clube. Beijos! =**

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