Escritores e Leitores de Cada Signo

segunda-feira, 24 de outubro de 2016


Por: Edgar Varenberg


Os signos do zodíaco têm sido um assunto muito popular em qualquer meio de conversa informal, principalmente na internet. Esse post contribuirá com algumas descrições, envolvendo os doze signos conhecidos, baseados em suas características, voltados para escritores e leitores. Venha ver como o seu signo se comporta na hora de se aventurar numa história!

♈ Áries (21 de Março a 19 de Abril)
O escritor de Áries é aquele que adora uma iniciativa. Ideias surgem, ideias vêm, toda hora tem um enredo sendo construído. Embora tenha grandes planos que parecem promissores de início, ele pode apresentar dificuldades em prosseguir com alguns projetos. Entretanto, com os que ele consegue prosseguir, costuma fazer as coisas acontecerem sempre, dificilmente encontrando um roteiro mais calmo, com coisas que se desenvolvem aos poucos. Na escrita, o ariano é direto ao ponto, ainda mantendo o mistério necessário para suas ideias fluírem da maneira desejada.
O leitor de Áries é aquele que adora cobrar. Deixe-o esperando por um capítulo por muito tempo e, em poucos momentos, ele estará duvidando de sua existência literária. O leitor ariano costuma buscar personagens fortes, geralmente anti-heróis, para combinar com o seu jeito diferente de ver ações sendo tomadas da forma que ele considera correto. Além disso, costuma se envolver muito com enredos eletrizantes, principalmente momentos de revelações.

♉ Touro (20 de Abril a 20 de Maio)
O escritor de Touro é aquele que gosta de ter ideias. É um farejador bom de buracos no enredo e sabe muito bem como fechá-los. Também tem certa apreciação por trazer coisas novas, de um jeito que só a criatividade deles pode trazer. É muito insistente com seus personagens, isto é, quer fazer cada um como se fosse único e igualmente envolvente; além disso, gosta bastante de coloca-los em situações complicadas.
O leitor de Touro é aquele que gosta de adivinhar. Adora fazer suposições do que vai acontecer, de como ele imagina que algo vai funcionar e é capaz até de discutir com o autor se algo não funcionou como ele esperava. Também costuma se atrair por situações em que os personagens brigam por algo ou alguém.

♊ Gêmeos (21 de Maio a 20 de Junho)
O escritor de Gêmeos é aquele que gosta de contrastes. Histórias felizes com finais trágicos; situações tristes com finais felizes, provavelmente estamos falando da obra de um geminiano. Isso porque o seu foco é sempre procurar as coisas boas em lados ruins e vice-versa, tornando os seus textos verdadeiros espaços de desconfiança para os leitores, que, por mais que percebam um possível padrão nisso, nunca sabem o que esperar.
O leitor de Gêmeos é aquele que gosta das contradições. Não os erros de contradições, mas sim os personagens que cometem erros, geralmente grandes. Os geminianos costumam ser atraídos por histórias resultantes de erros, ou geralmente conteúdos em que o personagem precisa escolher entre duas coisas, numa indecisão mortal. Típico. 

♋ Câncer (21 de Junho a 22 de Julho)
O escritor de Câncer é aquele que gosta das uniões. Gosta de ver seus personagens se envolverem e de trabalhar plenamente em suas emoções, tanto negativas quanto positivas. Amante de um bom drama, essencial para o seu lado escritor é procurar as inspirações em pequenas coisas como música de fundo, aromas; tudo para imergi-lo dentro do próprio enredo.
O leitor de Câncer é o admirador da arte de shippar. Ele, em primeiro lugar, procura logo um shipp para chamar de OTP; envolvendo-se fielmente naquela união. Portanto, ler uma história de um casal passando dificuldades pode trazer bastante angústia para um canceriano que tenha pegado algum tipo de ligação com esse casal; embora seja mais fácil, para ele, gostar de uniões no geral.

♌ Leão (23 de Julho a 22 de Agosto)
O escritor de Leão é aquele que constrói enredos esperando o final. Enquanto geralmente os escritores têm suas ideias baseadas em um acontecimento específico, em tratar de um assunto; o escritor leonino é aquele que planeja suas histórias para um fim bombástico. Para ele, o fim justifica todos os meios e inícios do seu enredo e, portanto, ele é capaz de mudar qualquer ponto na história dele para que o fim aconteça daquele jeito espetacular que ele sempre sonhou.
O leitor de Leão é o ansioso. Ele é aquele que procura sempre o agora, um impacto diferente a cada capítulo. Se o título, capa ou qualquer coisa pré-leitura impactar, ele vai chegar e vai ter interesse, e esperar que isso continue. Além disso, costuma ter muito apreço por personagens corajosos, intimidantes e com algum tipo de passado difícil.

♍ Virgem (23 de Agosto a 22 de Setembro)
O escritor de Virgem é o que aprecia um bom e longo planejamento. É daqueles que só começa a escrever quando tem todas as ideias prontas, isto é, nada de ir decidindo ao longo do caminho. Gosta daquilo que é bem feito e reconhece isso em detalhes que só ele é capaz de enxergar, pois, afinal, só ele que procura se interessar por detalhes desse tipo.
O leitor de Virgem é aquele que gosta de descrições, sejam elas explícitas ou não. Ele quer imaginar aquilo que não foi dito nem colocado para ser lido. Além disso, costuma ser muito paciente, do tipo que lê todo um enredo monótono para ter a esperança de ter algo no final, o qual julga valer a pena o esforço. Gosta muito de personagens críticos e estratégicos.

♎ Libra (23 de Setembro a 22 de Outubro)
O escritor de Libra é eclético, é comum ver seus textos trabalhados em diversos temas, situações, formalidades. Por que não juntar aquele suspense todo com um pouco de comédia? Por que não adicionar um pouco de ação naquele drama bem planejado? Com todas essas junções e o conhecimento adequado de que as coisas se misturam e formam outras coisas interessantes, o escritor libriano sabe como trazer diversidade para os seus leitores.
O leitor de Libra gosta de elogiar. Claro, isso não significa que ele vai sair por aí elogiando qualquer um e a todos sem motivo algum; na verdade, pode ser difícil arrancar um desses elogios, mas é importante saber que ele gosta e faz com prazer. Gosta de personagens com bastante positividade e que contribuam muito com o enredo, geralmente protagonistas.

♏ Escorpião (23 de Outubro a 21 de Novembro)
O escritor de Escorpião gosta de atrair, e seus textos não indicam bem, no início, o que ele quer dizer. O escritor escorpiano é o amante do jogo de palavras e das figuras de linguagem, muito vem da interpretação do próprio leitor, mas ele busca atrai-los com tamanha subjetividade. Além disso, possuem muitos mistérios no enredo os quais, por preferência, não são revelados.
O leitor de Escorpião é poético. Ele consegue ser eclético, mas sempre busca mensagens mais profundas, muitas vezes particulares, no meio de tudo. Gosta de ver personagens misteriosos e situações dramáticas na medida certa. Além disso, é um apreciador de grandes reflexões estimuladas pela história, as famosas lições de moral.

♐ Sagitário (22 de Novembro a 21 de Dezembro)
O escritor de Sagitário é o apaixonado. Como sempre, o sagitariano coloca todo o seu corpo e alma naquilo que faz: escrever. Gosta de contribuir com obras de muito significado, mesmo que exageradamente individual, e é muito diverso também, equilibrando originalidade, paixão e foco. Entretanto, os resultados desse fervor são misteriosos até para ele mesmo.
O leitor de Sagitário é o animado. Gosta de ver as histórias acontecendo, do tempo real, mas sem deixar de, também, pensar no futuro; ou seja, é um leitor que se anima com o meio da história. Busca personagens independentes para se inspirar e se colocar na realidade junto com eles, de forma até mesmo para trazer essa inspiração para o seu próprio cotidiano.

♑ Capricórnio (22 de Dezembro a 19 de Janeiro)
O escritor de Capricórnio é o anacrônico. Gosta das coisas do jeito antigo, buscando inspirações de atores mais clássicos ou de qualquer outra forma que ele encontra e julga como superior. É muito focado em objetividade e tratar de assuntos simples, sempre na margem de trabalhar com o que é suficiente, ou seja, não é fã de enredos complicados se não ver a necessidade disso; por isso, é extremamente hábil em nivelar suas necessidades.
O leitor de Capricórnio é o objetivo. Não costuma ser muito seletivo, mas pode ser difícil de agradar; seu principal foco como leitor é justamente achar o que procura sem muitos rodeios, geralmente preferindo temas de maior racionalidade, envolvendo comportamento ou forma de pensar. Não costuma gostar muito de obras que escapam muito da realidade nem personagens indecisos.

♒ Aquário (20 de Janeiro a 18 de Fevereiro)
O escritor de Aquário é o revolucionário. Está sempre em busca de enredos novos, histórias nunca antes contadas, e ele nem se preocupa tanto se isso está fazendo sentido ou não, se pode ou não ser compatível com a realidade; o que importa, para o escritor aquariano, é a forma com a qual ele pode se expressar livremente na sua obra e, ainda assim, atrair leitores que estejam interessados em observar esse ponto de vista diferenciado.
O leitor de Aquário é o sonhador. Ler, para ele, é um convite aberto para a sua imaginação própria. Simplesmente, ele não lê sem escrever e vice-versa, tornando, assim, um usuário de um ciclo inevitável de leitura e escrita constantes. Gosta de personagens interativos que costumam quebrar seus próprios limites que, na verdade, jamais foram estabelecidos.

♓ Peixes (19 de Fevereiro a 20 de Março)
O escritor de Peixes é o produtor. É capaz de criar uma infinidade de situações, universos e afins e, ainda assim, se desejar, unir tudo em uma coisa só. Está interessado em temas populares bastante explorados, mas, mesmo assim, arranja um jeito de explorar aquilo de uma forma completamente nova, mesmo que esteja taxado como um extremo clichê. Também gosta de assumir diversas personalidades diferentes enquanto narrador.
O leitor de Peixes é o viajado. É aquele que busca uma interpretação extra para tudo, geralmente “só para ver no que vai dar”. É muito fã de debater os acontecimentos com outros leitores e de explicar teorias, fatos e quaisquer coisas que rendam assunto sobre determinada obra. São amantes de personagens carismáticos, porém incertos de como agir em momentos importantes da vida.

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Todo conteúdo apresentado aqui é puramente de conteúdo abstrato, sem nenhuma base científica ou espiritual, como qualquer astrologia popular, o intuito é apenas de entretenimento. Espero que tenham gostado.
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Reconhecendo Uma Ideia Ruim

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Por: Edgar Varenberg

É muito comum que a vida de um escritor seja repleta de momentos aleatórios em que, de repente, temos uma ideia. Seja para algo novo ou para algo que ainda está sendo desenvolvido, diversas situações, palavras ou até mesmo outras obras implicam aquela movimentação nas “engrenagens” do cérebro. Entretanto, também passa pela mente de alguns a insegurança da tal ideia realmente é aplicável, isto é, se ela é boa ou ruim. Este artigo trará algumas dicas e exercícios que podem ajudar a reconhecer se essa ideia é ou não o esperado.

Primeiramente, reflita sobre a dimensão da ideia. É algo difícil de desmembrar? Tem muita quantidade de informação? Vejamos as situações mais comuns de quando a ideia é:

  1. Muito complexa ou quantitativa: caso se trate de uma ideia nova, significa que é um bom caminho a seguir, afinal, enquanto construímos nossas ideias, é muito comum cortarmos muito material, como um processo de polimento. Entretanto, se for para uma ideia para algo em desenvolvimento, é necessário se policiar quanto a isso, porque quantidade em excesso, nesse caso, pode implicar num desvio da sua ideia original (a que já estava em desenvolvimento). Normalmente, quando temos ideias mais quantitativas, elas estão orientadas para algo novo.
  2. Muito simples ou pequena: é evidente que para uma ideia nova, até mesmo para projetos pequenos (como, por exemplo, uma one-shot), é insuficiente; inclusive, a teimosia de seguir ideias assim costuma gerar bloqueio criativo. Já para projetos em andamento, já é possível uma reflexão sobre como aquilo pode contribuir, desde um detalhe importante sobre um personagem ou fato a até mesmo um pequeno acontecimento em um dos capítulos.

Outro ponto importante a ser trabalhado é a expectativa da ideia. Às vezes temos a falsa impressão de que uma ideia não funcionou por não ter parecido “tão legal” quando passada para o papel, mas as expectativas mudam de pessoa para pessoa, portanto, costumamos realizar aquele velho e bom ato de perguntar aos outros, pedir opiniões.

O terceiro ponto envolve o formato da ideia. Uma ideia pode assumir quatro formatos diferentes, que, por consequência, atuam de maneira distinta num projeto, e é elaborada conforme o seu tipo e cada tipo tem sua função própria no texto. São eles:

  1. Formato lógico: A ideia perante um conceito, um significado. Basicamente é o formato que mais conhecemos (e costumamos dizer que apenas isso é “ideia”), é tudo aquilo que é concreto e possível de se passar para o papel. É a “coisa pronta”, podemos dizer.
  2. Formato ontológico: A ideia perante a si mesmo, se o material é possível no real. Basicamente são conceitos que decidimos, conforme nossas próprias capacidades, se é utilizável ou não. Geralmente, quando a resposta é negativa, encaramos a ideia como algo absurdo.
  3. Formato transcendental: A ideia acima do conceito de ideia, quando é algo que não se conhece e você ainda precisa alimentar o conhecimento por trás disso. Geralmente é assim quando experimentamos coisas novas ou entramos em contato com ideias ontológicas alheias.
  4. Formato psicológico: A ideia perante informações subjetivas no nosso inconsciente, o formato em que se encontra a fonte das demais e que é alimentada pelas experiências da vida, também pode ser enxergada pelas inspirações ou o que nos inspira (embora não seja totalmente isso, já que este é um conceito mais perto da criatividade).

E como saber disso ajuda, afinal, a identificar uma ideia ruim? O primeiro passo é saber diferenciar esses conceitos para que não haja confusão. Muitas vezes achamos que uma ideia é ruim, por exemplo, por acharmos um absurdo; mas, na verdade, como foi visto, isso é simplesmente uma ideia ontológica, que só não se encaixa nas próprias capacidades; é um recurso que realizamos automaticamente e nos impede de trabalhar coisas que nunca estaria compatível conosco. Ou que a ideia ficou pequena demais e, portanto, necessariamente, é ruim; vimos que não é bem assim.

Contudo, o fato de reconhecer ideias ruins não se encontra nesses meios óbvios. O exercício disso deve ser justamente em situações aparentemente imperceptíveis, as quais achamos que tudo está perfeitamente aplicável, mas pode, na verdade, não estar. Juntamente com o conhecimento de saber separar esses conceitos de ideias, existem dois exercícios muito úteis para essa situação:

Situação 1 

Você se encontra numa situação onde tudo se encaixa perfeitamente, sua ideia tem início, meio e fim, é só colocar em prática. É muito provável que você esteja se deparando com uma ideia ruim. Afinal, todo projeto passa por modificações, tanto pessoais quanto externas. Basta rever os formatos de ideia, ou seja, um projeto está fadado a passar por pelo menos aqueles quatro formatos, essa linearidade que você vê inicialmente na sua ideia vai ser quebrada cedo ou tarde. 

Um ótimo jeito de contornar isso é, primeiramente, aceitando que por mais perfeita que a situação pareça ser, você pode estar lidando com uma ideia ruim. Tente mudar algumas situações, ver se fica melhor ou pior. Esse senso crítico que você estiver exercitando vai te ajudar não só a ver se o seu projeto realmente pode seguir outro caminho, mas também serve para olhar a ideia, antes totalmente perfeita, com uma visão mais crítica. Se você tiver dificuldades com senso crítico, pode sempre chamar um amigo ou um beta-reader. Ser crítico amplia horizontes e abre portas para uma ideia ter mais de um conceito.

Situação 2

Você está com uma ideia, porém se encontra totalmente em dúvida sobre valer a pena ou não; além disso, não quer arriscar colocar em prática só para descobrir que isso, futuramente, vai ser como você queria ou não. Realmente não dá para prever o futuro, mas essas quatro perguntas a seguir podem ajudar a ter um esclarecimento mental:

  1. A ideia veio realmente de uma inspiração ou de um impulso temporário em ter visto algo maravilhoso?
  2. O meu eu de x anos atrás planejaria algo assim?
  3. Eu realmente faço ideia do que eu estou fazendo?
  4. Eu seria capaz de ter essa ideia novamente?

Como muitas coisas na vida, fazer as coisas por impulso tendem a nos levar para o erro. Inspiração é algo que nos vem e permanece, admiração é algo que acontece enquanto estamos ali para admirar e, no processo criativo, isso nos instiga a querer “fazer parecido”; e esse desejo de fazer parecido nos leva a ideias ruins.

Se você se considera um ser em constante evolução, coisa que é comum entre os escritores, olhar para o passado pode ser uma ótima opção. Se a resposta para a pergunta “2” for sim, considerando que você se considera em constante evolução, esteja em mente que é muito provável que você esteja segurando uma ideia ruim. Desapega!

Essa vai para os ambiciosos de plantão, que se esforçam bastante para ter a ideia triunfal e mais bem trabalhada de todas. Antes que me joguem pedras, não tem nada de errado em se esforçar demais com isso, mesmo que seja extremamente trabalhoso. No entanto, a pergunta “3” pode ter pegado alguns desse tipo de surpresa. E se a resposta foi não... Ideia ruim.

O melhor artifício que um escritor pode ter é a mente e a criatividade que funcionam constantemente, por dias, abordando uma infinidade de assuntos. Mas escritores também são pessoas e pessoas são muito passageiras, assim como ideias. Uma ideia forte é aquela que não é tão passageira assim, algo bom para refletir. E a última pergunta foca justamente nisso: a ideia é algo passageiro assim como o meu eu naquele momento em que a tive ou é algo que com certeza eu pensaria hora ou outra? Se você não consegue enxergar aqui sempre como novo e intenso com o passar dos dias, a ideia ruim é uma possibilidade.

Enfim, o conceito de ideia ruim não fica preso a coisas inviáveis ou rejeições pessoais; com esse artigo, o que desejo é que vocês enxerguem como ruim aquilo que não é praticado, que pode se tornar um obstáculo e, futuramente, atrapalhar mais do que ajudar, ou simplesmente ser algo que não vai para frente, que não produz. Afinal, são ideias ruins.


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Entrevista: Evelyn Santana

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Evelyn Santana se apaixonou ainda bem cedo pela literatura, mas foi apenas quando conheceu o autor Sidney Sheldon que decidiu entrar para o mundo da escrita. Escreveu seu primeiro livro com 16 anos de idade e hoje, aos 22, cursa Letras e trabalha como revisora. Doce Amargo é seu romance de estreia.

Liga dos Betas (LB): Antes de mais, obrigada por teres acedido a esta entrevista! Começando pelos inícios… Por que começaste a escrever? Quando começaste a partilhar as tuas histórias na Internet?
Evelyn Santana (ES): Eu comecei a escrever romances (histórias mais longas) em 2009. Estava passando por uma fase complicada e escrever foi um escape maior que a própria leitura. Pela primeira vez, eu pude controlar o curso da vida e me senti bem com a sensação.
Só fui compartilhar minhas histórias na internet, no entanto, alguns anos depois, em 2013.

LB: Mudou muito desde essa altura até agora, que acabas de publicar o teu primeiro romance, Doce Amargo? Como compararias as duas alturas?
ES: Mudei, sim. Doce Amargo é meu sexto romance, então a escrita é bem diferente da de antes, mas sinto que a essência é a mesma. Meus personagens cresceram junto comigo também, o que achei bem legal. No meu primeiro livro escrito, por exemplo, a proagonista é uma adolescente e tínhamos a mesma faixa etária. Em Doce Amargo, os protagonistas são adultos e mais velhos que eu.

LB: Como costuma ser o teu processo criativo? És a arquitecta que projecta os planos antes de começar, ou a jardineira que lança a semente e vai desenvolvendo conforme? Ou um pouco de ambos?
ES: Ah, amei a analogia! Posso utilizar no próximo livro? Hahahaha
Bem, quando começo, sempre quero dar uma de arquiteta e planejo tudo. Mas a jardineira em mim exclui a arquiteta da história. É sempre assim. No final, a história é 30% do que planejei e 70% do que os personagens fizeram com que fosse.

LB: Alguma vez, durante esse processo, tiveste de lidar com bloqueios criativos?
ES: Quase todos os dias Sim! Alguns dizem que é frescura esse lance de bloqueio, ou mesmo falta de interesse. Mas olha… não é! Os personagens mandam mesmo na história, então às vezes a gente fica sem rumo mesmo. Acho que isso é normal, nunca conheci um autor que não tivesse seus momentos complicados com o capítulo seguinte.

LB: E a revisão? Sabemos que é uma etapa que não ignoras, trabalhando tu mesma como revisora ou beta-reader de outros autores, mas como funciona quando estás do outro lado e a autora és tu?
ES: Pelo trabalho que tenho, sei bem a importância de um beta-reader durante o processo de escrita. Era minha beta, a Maira (que conheci lá no Nyah!, através de suas próprias histórias), que me ajudava a passar pelos momentos mais críticos de bloqueio criativo. Lembra que eu disse que a história é 30% do que planejei e 70% do que os personagens quiseram que fosse? Vou retificar essa proporção: 30% planos da autora, 25% planos da beta e 45% dos personagens. Hahahahaha
A Maira teve um peso enorme para DA ser como é hoje. Ela me dissuadiu de mil e uma ideias absurdas e me mostrou muitos caminhos a serem explorados. DA não seria o que é hoje sem ela.
Agora, revisão… hahahahaha
DA foi revisado 5 vezes antes de ir para a editora. Lá, ele passou pela revisão maravilhosa da Isie Fernandes, uma colega de trabalho maravilhosa em quem confio plenamente.
Revisão nunca é demais. Estou feliz por ter tirado o meu tempo e ter lido e relido o texto tantas vezes em vez de me precipitar e publicá-lo logo de uma vez.

LB: A ideia geral é que um autor é sempre um leitor… Que histórias, ou autores, podes dizer que mais te influenciaram? Ou simplesmente que mais gostas? (Nota: tanto livros quanto fics =) )
ES: Nossa, eu leio demais! Hahahahahaha
Por incrível que pareça, romance nem é meu gênero favorito, apesar de ser o que mais escrevo. Os meus queridinhos aqui na estante são Harlan Coben, Sidney Sheldon e Eduardo Spohr! Eu admiro muito o trabalho desses três!
Recentemente eu me vi engolfada por livros nacionais. Hahahaha Não li um único livro estrangeiro esse ano, apenas obras brasileiras, e isso trouxe mais uma autora ao hall de favoritos: Camila Pelegrini. Ela é incrivelmente perfeita.
No âmbito Nyah!/autores que conheci por lá: Tem a Maira, minha beta maravilhosa! A escrita dela é impecável e foi isso que me fez querê-la para me ajudar com DA. Olivia Vert, uma autora de romance policial que… uau! A maturidade da narrativa é impressionante, poucas pessoas escrevem tão bem quanto ela. E a Clara de Assis, coleguinha de Liga, que conheci pelo Nyah! também, mas já li quase todos os livros que ela publicou (até revisei alguns deles). Ela é incrível, detalhista e os diálogos que escreve são sagazes a um nível sobre-humano.

LB: Além de livros, tens também o hábito de ler fanfics?
ES: Acho que respondi lá em cima. Hahahahahaha’
Eu tenho, sim! Nos últimos tempos, com o trabalho e os projetos de livros, estou meio em off no Nyah!, mas tenho fanfics que acompanho, comento e recomendo, sim! Adoro aquele site e não consigo mesmo largá-lo.

LB: Este ano foi possível encontrar-te com o teu romance de estreia na Bienal… Como foi a experiência? Podes falar um pouco sobre Doce Amargo?
ES: Foi uma experiência maravilhosa! Foi quando eu me senti autora de verdade. Uma moça entrou no estande, se interessou pelo meu livro, comprou e depois tocou o meu braço com um: “Moça, acabei de comprar o seu livro, será que você pode autografar pra mim?”
Eu sequer sabia o que escrever. Hahahahaha’ Mas foi perfeito. Eu adorei cada leitor novo que conquistei e a oportunidade de, pela primeira vez, poder abraçá-los em vez de apenas trocar umas palavras pela internet.
Fui a São Paulo sem esperar muita coisa, mas olha… eu me surpreendi de forma inenarrável. Conheci pessoas maravilhosas e fiz amigos que levarei para a vida.

LB: Por fim, há algum conselho para os restantes autores que desejam publicar os seus manuscritos?
ES: Escrevam e revisem incansavelmente! Nenhum texto é tão bom que não possa ser melhorado e nenhum autor é tão bom que não possa ser ajudado. Ter um beta é muito importante, ouvir a opinião de outras pessoas para nosso amadurecimento… Eles nos preparam também, com as críticas, para receber um “não gostei” que sempre vai ver de um leitor ou outro.
Nunca iremos agradar a todos, mas todo autor tem sem público.

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Como Fazer Críticas Construtivas?

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Por Ana Coelho


Como expressar uma opinião com pontos negativos e positivos sem ofender o outro, e como transformar essa opinião num incentivo para levar alguém a melhorar o seu trabalho?

Comecemos com uma coisa que, por vezes, deixa muita gente confusa:

Em que consistem as críticas construtivas?

Bom, para podermos ter uma noção do conteúdo de uma boa crítica construtiva, temos de entender qual é a função dessas críticas. Quando alguém escreve uma, a sua intenção nunca é deitar um autor abaixo, mas tentar arranjar maneira de o fazer melhorar. Quer-se levar o escritor de uma história tanto a reconhecer as suas falhas, para as poder superar, como a reconhecer as suas maiores capacidades, para poder continuar a apostar nelas sem medos.

Assim sendo, depois de isso estar esclarecido, é-nos mais fácil entender que uma crítica construtiva aborda tanto pontos positivos quanto pontos negativos. Nelas é sempre explicado o porquê de algo ter funcionado menos bem ou de ter sido mal desenvolvido, para que o escritor possa vir a trabalhar nesses problemas e possa procurar resolvê-los. Por outro lado, também é sempre mencionado aquilo em que o escritor tem mais jeito, para que este possa ficar ciente das coisas que desenvolve, descreve ou cria melhor, e possa tentar algo semelhante noutra história, ou para que dedique o seu tempo a desenvolver outras áreas da sua escrita (não se preocupando tanto em aprender mais sobre um assunto que já domina relativamente bem).

O objetivo de uma crítica construtiva é sempre ajudar um autor a melhorar e, para isso, todos os aspetos bons e menos bons podem e devem ser mencionados — sempre com uma explicação para que o autor compreenda cada aspeto mencionado, compreenda que a crítica é justificada e tenha um caminho a seguir para poder tentar melhorar.


O que diferencia uma crítica construtiva dos outros tipos de comentários?

Nenhum comentário simples alguma vez se compara a uma crítica construtiva. Os comentários maldosos ou cheios de elogios bonitos, mas vazios, por exemplo, falham exatamente naquilo que é mais fundamental numa crítica: a intenção de levar um autor a melhorar. Um bom crítico, como já disse acima, explica todas as coisas que indica, boas e más, para que um autor possa ter algo com que trabalhar e melhorar.

Por exemplo, um comentário com más intenções somente indica pontos negativos, sem contrapeso algum, e o seu objetivo é, pura e simplesmente, atirar um autor para baixo. Usualmente os seus comentários são até de caráter pessoal e não recaem sobre a obra, não têm quaisquer argumentos que fundamentem aquilo que é dito ou, às vezes, não chegam a passar de insultos e xingamentos, melhor ou pior disfarçados.

Um comentário positivo mas sem conteúdo também falha porque, apesar de subir a autoestima a um autor, este não se irá tornar melhor por causa dele — não irá ter uma análise à sua obra feita por outros que têm um ponto de vista diferente do seu, não saberá o que a pessoa interpretou ou achou realmente do seu trabalho, não saberá quais são os pontos menos bons do seu trabalho e não terá uma base sobre a qual se apoiar para melhorar. O comentário pode estar cheio de elogios, muitas vezes adjetivos positivos para elogiar o autor, mas ele não ficará a saber o que motivou essa opinião, quais são os pontos fortes do seu trabalho que surpreenderam e agradaram tanto ao seu público.


Como escrever uma crítica construtiva?

Como fui dizendo ao longo do texto, há várias coisas que compõem uma crítica dessas e que devem estar presentes no resultado final.

Antes de mais nada, é preciso analisar o trabalho na sua totalidade. Foi maioritariamente bom? Ou foi maioritariamente mau? No caso de ser maioritariamente bom, e tendo em conta que nada é perfeito, como é que se pode transmitir ao autor que a história é boa, sim, mas que tem coisas que também podem ser melhoradas? E, no caso de ser maioritariamente mau, como é que se pode transmitir isso ao autor sem que ele fique ofendido ou magoado, e sem nos esquecermos das pequenas coisas boas que há no texto?

O "truque" está no equilíbrio e na forma como todos esses aspetos são abordados.

Assim, se o texto for maioritariamente positivo, não te esqueças de dizer que mesmo assim há coisas que podem ser melhoradas.
Por exemplo:

«A história tem uma linguagem fluída e natural, as personagens estão todas bem criadas e os diálogos são super realistas. No entanto, acho que poderás melhorar as tuas descrições; elas são um pouco pesadas e longas, tornando o texto mais aborrecido em certas ocasiões.»

E, depois, expande a tua ideia e tenta explicar por que algo não foi feito da melhor maneira:

«As descrições devem ser longas quando isso é necessário, e mais curtas quando aquilo que está a ser descrito for menos importante para a história. Por exemplo, quando a protagonista passeia junto à praia e descreves as lojinhas espalhadas pela areia, poderias simplesmente ter descrito uma loja ao pormenor. Elas são todas iguais e, quando as descreveste a todas com extrema minúcia, o texto tornou-se repetitivo e aborrecido. A tua história não se ia passar nas lojas, elas não eram importantes para o desenvolvimento do enredo. Por muito bonitas que aches que certas descrições são, às vezes é melhor cortar ou reduzir o que é acessório... Porque, mesmo que nem toda a gente tenha achado isso aborrecido, podes ter criado expectativas erradas nos leitores. Se dedicas tanta atenção às lojas e aos seus produtos, seria de esperar que eles fossem importantes para a história, certo? Num filme nunca vês coisas secundárias a ocuparem o plano principal por muito tempo. Isso acontece porque o que é secundário deve ser deixado para segundo plano, para que os teus leitores possam concentrar-se no que é realmente importante. Este foco tão grande apontado às lojas na praia tirou a atenção da trama principal e nunca deves querer que isso aconteça. Os "figurinos" nunca devem ser mais chamativos do que os "protagonistas".»

O mesmo vale para histórias maioritariamente negativas.

«A história tem bastantes erros ortográficos e gramaticais, que tornam a leitura difícil e confusa. Muitas vezes, por as frases não estarem muito claras, torna-se bastante complicado de entender o que queres dizer ou a quem te estás a referir... As tuas personagens sofrem alterações muito repentinas e não justificadas, o que faz com que seja difícil para um leitor levá-las muito a sério. Elas não reagem a nada, elas simplesmente vão andando pela história. Verosimilhança é algo muito importante numa narrativa e as tuas personagens não são muito realistas.»

A seguir tens de te focar em ajudar o escritor, desenvolvendo o porquê de algo não estar bem tratado no seu trabalho:

«Sugiro que consultes gramáticas e dicionários online para esclareceres as tuas dúvidas sempre que não souberes muito bem como algo se escreve. Podes sempre pedir ajuda a um amigo que seja bom a lidar com português, ou até a um beta reader. Mas não lhes peças correções; pede-lhes explicações dos teus erros, para que possas aprender e escrever cada vez melhor!
Sobre as tuas personagens, deixa-me explicar isso melhor, dando-te exemplos. Imagina que eu quero muito ser médica. Aqui em Portugal, tens de ter notas altíssimas para entrares em Medicina, é o curso em que é mais difícil entrar. No entanto, se eu não tivesse entrado por duas décimas, eu ficaria destroçada. Seria incapaz de, dez minutos depois de saber dessa novidade, ir sair com amigos e de estar sorridente e bem-disposta. As pessoas sofrem com coisas más, têm de ter tempo para as digerirem. Quanto mais importante algo for para alguém, de mais tempo esse alguém precisará para superar a dita coisa. Se eu tivesse tentado entrar em Medicina por acidente, então não ficaria triste. Mas, se ser médica tivesse sido o meu sonho de criança, a única coisa que eu me conseguiria imaginar a fazer no futuro, se fosse o meu objetivo de vida mais importante... eu quebraria por dentro e teria de me recompor antes de poder retomar à minha vida normalmente. E, ainda assim, em momentos chave, como ao ter os meus colegas a falar das suas faculdades, ou ao ter amigos a perguntar-me se eu entrei no curso, eu iria abaixo novamente. As pessoas reagem às coisas ao seu redor... Vivem, respiram, sentem e sofrem. E as tuas personagens devem fazer o mesmo. Devem agir como pessoas reais, e reagir como pessoas reais também. Quando as tuas personagens são contraditórias naquilo que pensam, sentem, querem ou fazem, parecem demasiado superficiais. Por vezes parece que não tiveste cuidado ao desenvolver as personagens, e não valorizas o que sentem ou pensam, e chegas até a ter momentos de contradição. É preciso ter cuidado com isso, e pensar sobre a forma como elas devem reagir e comportar-se nas situações que lhes apresentas.»

E tens de tentar compensar, dizendo coisas boas:

«Por outro lado, tenho a dizer-te que crias diálogos incríveis! São realistas e vivos, cheios de energia e sem conversa vazia aborrecida. Usaste sempre os diálogos para fazeres a história avançar, para criares ou resolveres conflitos, para dares a conhecer as tuas personagens.
As tuas descrições também são fenomenais! Não te prendes com detalhes irrelevantes e dás a informação certa para que o leitor se possa situar nos teus cenários, sem nunca abrandares a ação por causa delas. Consegues equilibrar muito bem as imagens que crias com o avançar do enredo.»

Para terminar, em qualquer uma das críticas, a destinada a uma história maioritariamente boa ou a uma com muitos problemas, menciona novamente tudo o que houver de bom antes de concluíres o texto, para subires a autoestima ao escritor. Isso é importante para que ele não se sinta humilhado e consiga ver que não pretendes deitá-lo abaixo, mas ser realista. Focar o lado bom é muito, muito importante porque, sem ele, destruirás uma obra e um autor. Lembra-te que o "truque" está no equilíbrio, e o lado positivo costuma ser o mais esquecido.
Esta é também a altura certa para dares uma opinião mais pessoal, se quiseres.

«Gostei muito da tua história! Os problemas e conflitos que foste desenvolvendo foram super originais e divertidos, e as personalidades de todos os protagonistas são muito engraçadas. Diverti-me muito!»


E pronto. Basicamente é isso. Espero ter-vos ajudado!

Se tiverem dúvidas, não hesitem em entrar em contacto com a Liga pelo nosso ask.fm/ligadosbetas, não hesitem em aparecer pelo nosso grupo de Facebook, o SBLAN, e falem conosco :) .
Podem sempre pedir sugestões de temas aqui para o blog por todos os nossos canais de comunicação :D .

Até a próxima.


Esse artigo pede por notas finais:

  • Críticas construtivas podem ser feitas a qualquer tipo de trabalho, criativo ou não, escrito ou não, e não só a histórias. Podes criticar um prato cozinhado por um chef, podes criticar um cachecol que a tua tia tricotou para ti, podes criticar um filme, podes criticar o que quiseres. No entanto, tendo em conta o universo em que a Liga dos Betas se insere, mantive o post sobre críticas de histórias, normalmente deixadas como comentários em plataformas como o Nyah, que servem para a divulgação dos ditos trabalhos escritos.
  • Sei bem que as críticas dadas como exemplo têm um vocabulário e uma forma pessoal/informal. Novamente, foram criadas tendo em conta a maior fatia do público do Nyah, e adequados ao meio informal da partilha de histórias online que é esse site.
  • As críticas de exemplo não foram feitas a nenhuma história específica. Foram exemplos elaborados a partir da minha imaginação. Se estiverem confusos, por favor, avisem-me, que eu criarei outros.
  • Normalmente, nas críticas que eu faço, costumo ser muito mais pessoal e menos "fria" (apesar de as críticas de exemplo terem um tom informal). Tentei criar os exemplos da forma mais neutra que consegui, para que a forma possa ser usada como base para todo o tipo de comentário. Sintam-se à vontade para serem menos frios nas vossas críticas, por favor! O que interessa é o conteúdo e a ajuda que quiserem dar a um autor, e não as palavras ou o nível de linguagem escolhidos para passar a ideia. Não precisam de ser duros ou parecer austeros para se fazerem e terem a vossa crítica reconhecida pelos outros. O que lhe dará o valor e o reconhecimento será sempre o seu conteúdo informativo, preocupado com as justificações para os apontamentos e em ajudar os outros. Desde que a crítica cumpra a sua função, em sites ou situações como no Nyah!, com um ambiente descontraído e "não-profissional", procurem divertir-se enquanto ajudam os outros!
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As imagens que servem de ilustração para o posts do blog foram encontradas mediante pesquisa no google.com e não visamos nenhum fim comercial com suas respectivas veiculações. Ainda assim, se estamos usando indevidamente uma imagem sua, envie-nos um e-mail que a retiraremos no mesmo instante. Feito com ♥ Lariz Santana