Resenha: A Infiltrada

domingo, 7 de agosto de 2016

Sinopse:

Membro da máfia italiana Padova, Claire Evans infiltra-se no treinamento militar da agência de segurança nacional norte-americana – NSA – assumindo o pseudônimo de Hailey Dawson. No prazo de um ano, precisa permitir a entrada do maior carregamento de drogas da história no país e matar o generalíssimo Alan Beckert, que tem contas a acertar com a máfia. Contudo, sua vítima não é tão fácil. Além de frio, misterioso, rude, terror dos novatos e possuidor de incríveis olhos verdes que parecem enxergar até sua alma, ele parece saber quem verdadeiramente é. Sabendo que precisa tirá-lo de seu caminho, Claire aproxima-se do temido militar, mas acaba cometendo o pior de todos os erros: apaixona-se por ele. Uma história envolvente que vai prender você a cada capítulo.

Resenha:

Em “A Infiltrada” somos apresentados a Claire Evans, membro da máfia italiana Padova, que, com a eficiência colocada em risco, é mandada para uma missão que pode elevá-la dentro da instituição ou afundá-la de vez. 

Claire basicamente deve passar um ano como infiltrada, entrar no controle marítimo da agência de segurança nacional dos Estados Unidos (NSA) para permitir que o maior carregamento de drogas da história chegue ao país sem ser percebido e, por último, mas definitivamente não menos importante, matar Alan Beckert, um generalíssimo, termo usado para poucos militares cujos cargos foram além de todas as patentes, e se um homem alcança esse título bastante exclusivo, meus caros, é porque definitivamente tem um motivo.

Como se não bastasse todo esse caráter de missão suicida, Alan Beckert se apresenta para torná-la praticamente impossível. Além de frio, impenetrável como a mais dura das rochas e, sendo eufemista ao extremo agora, difícil de lidar, Alan parece saber exatamente que Claire não é quem diz ser, de onde ela veio e para o que de fato está ali.

Alan, na maioria das vezes, não chama Claire pelo nome da falsa identidade, mas, sim, pelo apelido “Novato”. O que no livro serve para deixar Evans irritada, já que o generalíssimo o faz propositalmente, tratando-a como se fosse um homem, o que apela para a sua vaidade feminina e deixa as coisas ainda mais interessantes. A pergunta sempre surge: “Será que ele a chama de novato por saber mesmo que seu nome não é Hailey Dawson?”

Se Alan Beckert não é uma pessoa fácil, Claire, no entanto, não deixa por menos. Mesmo tendo personalidades diferentes, ambos são prepotentes e cheios de si. Personalidades complexas e fortes. Essa mistura parece ter os ingredientes certos para acender e queimar o pavio um do outro. Evans é uma mulher forte, orgulhosa e decidida, além de ser detentora de um sarcasmo imbatível, o que faz dela uma excelente provocadora por natureza.

Alan sabe muito bem como mandar. Evans, como desobedecer.

O ódio entre os dois é recíproco e explosivo, se instalando desde o primeiro dia e permanecendo, o que se revela na interação entre os dois. No entanto, devido à proximidade e à premissa de que se deve manter os inimigos por perto, Claire acaba descobrindo que, talvez, e somente talvez, por baixo de toda a carcaça do General, haja uma nova faceta do homem, não um bom e amável, mas um homem com motivos e fantasmas do passado. Por que será que Alan Beckert é tão perigoso e inconveniente para Padova a ponto de Claire precisar eliminá-lo?

E à medida que a convivência se instala, algo além do ódio dos dois também emerge, algo que se mistura ao ódio e cria uma gama de sentimentos opostos, incompreensíveis, à primeira vista, difíceis de lidar. Difíceis de entender.

Com o passar do tempo, até mesmo Claire deixa outras pessoas se aproximarem e cria laços, mesmo que desde o início tentasse afastá-las por motivos óbvios. Uma dessas pessoas é o bem-humorado e filhodopaimente (vão ter que ler para entender hahaha) divertido — o que, por vezes, chega até a ser irritante, para os que convivem com ele — Luke, um novato assim como ela. (Não vamos contar para Claire, mas ele é como se fosse um melhor amigo.) E também a doce e sempre excelente ouvinte Nora, enfermeira da NSA, com a qual Claire passa a trabalhar nas horas em que não está em treinamento.

Mas a pergunta que verdadeiramente não quer calar é: Será Claire Evans capaz de dar cabo da vida de uma pessoa que odiou, sim, mas que também conheceu, entendeu... e por quem se apaixonou?

Só resta dizer que o final é muito surpreendente, como vários acontecimentos durante todo o livro, e que se não bastasse todo o enredo ser muito instigante, os personagens extremamente cativantes e a tensão entre Alan e Claire mexer com os nossos nervos e retirar todo o nosso ar durante a leitura, a escrita da Natália Marques é um verdadeiro primor, fazendo com que nunca mais se queira largar o livro.

A Infiltrada é viciante, uma história bem contada, com um enredo deliciosamente bem elaborado, surpreendente e, acima de tudo, é sobre pessoas reais. É sobre sentimentos reais. E é também sobre conflitos inerentes a todos os seres humanos e como cada um age diante deles.

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