Resenha: Saga Fallen

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Por: Coralie

Hello, people! How are you? Hoje vamos resenhar sobre uma saga! (yey!)

Título original: Fallen
Título brasileiro: Fallen
Autor: Lauren Kate
Editora: Record
Tradutor: Alda Lima
Nota: Regular (3 estrelas)

Sinopse: Algo parece estranhamente familiar em relação a Daniel Grigori. Solitário e enigmático, ele chama a atenção de Luce logo no seu primeiro dia de aula no reformatório. A mudança de escola foi difícil para a jovem, mas encontrar Daniel parece aliviar o peso das sombras que atormentam seu passado: um incêndio misterioso — que provocou a morte de seu namorado — levou Luce até ali. Irremediavelmente atraída por Daniel, ela quer descobrir qual é o segredo que ele precisa tanto esconder — uma verdade que poderia matá-la. Algo que, em suas vidas passadas, Daniel não conseguiu evitar. Excitante, sombrio e romântico Fallen é, ao mesmo tempo, um thriller vigoroso e uma inesquecível história de amor.

Resenha: Fallen conta a história de Lucinda Price, uma jovem recém-transferida para o colégio Sword & Cross, depois de se envolver em um acidente em sua antiga escola — em que um rapaz morreu. Logo que chega, Luce conhece Penn, que acaba virando sua amiga, Shelby, Sophia e até Cam. O problema é que a ida de Luce àquele colégio era coisa do destino, e ela não imaginava tudo o que passaria e descobriria sobre as pessoas ao seu redor, sobre o mundo e sobre si mesma.
As pessoas consideram-na louca porque Luce vê sombras em todo lugar. O que ela vê são Anunciadores, parte do efeito colateral d’A Queda. Como se isso não fosse o bastante, Luce está cercada por Anjos, Demônios e Nephilim; pessoas a tentar matá-la e pessoas a tentar protegê-la. Mas tem alguém, no meio de toda essa loucura, que atraiu a atenção de Luce e, melhor ainda, mostrou-se o mais preocupado com ela dentre todos: Daniel Grigori.
São quatro livros e um spin-off repletos de romance e mistério. Que maldição era aquela que, toda vez que Lucinda beijava Daniel em uma de suas vidas, explodia? — literalmente. Ele se lembrava de tudo: cada uma das vidas dela, cada beijo e toque, cada reencontro. Mas ela não se lembrava de nada! Quando os dois se beijam pela primeira vez naquela vida dela e Luce não explode, uma chance de reverter a maldição aparece diante deles.
Fallen, Paixão, Tormenta e Êxtase — sem esquecer o spin-off, Apaixonados — é uma viagem em um mundo novo e interessante. O maior pró da história é como ela segue quase à risca a história da expulsão de Lúcifer do Céu — intitulado aqui como A Queda. Nos primeiros livros temos mais detalhes terrestres do que celestes, mas, a partir do terceiro livro, detalhes do que aconteceu ao longo dos sete milênios após A Queda começam a ser contados — terminando com a revelação do que antecede a expulsão, no livro Êxtase.
Como já citei, um ponto positivo do livro é a base de sua história, fundamentada pelas histórias sobre como o diabo surgiu. Outro ponto positivo são os detalhes: Lauren nos ambienta e expõe o cenário com precisão. Uma coisa de que eu gosto é quando o autor ressalta as características físicas do personagem sutilmente. “O azul do céu me lembrava de seus olhos”, “seus cabelos loiro queimado, tom de areia”, mesmo que seja um pouco clichê, eu, ao menos, conforme vou lendo, esqueço-me da aparência da personagem facilmente. Um detalhe aqui, um ali, é bem útil, e Lauren faz isso muito bem.
Quando comecei a ler a Saga, fiquei um pouco evasiva, porque o começo me parecia muito com outra história: Crepúsculo. A mocinha se mudando, encontrando o mocinho no colégio e se apaixonando à primeira vista quase, quase me fez desistir da leitura. Mas um livro precisa de muito para eu abandoná-lo. Conforme Daniel se revelou um anjo, a história começou a tomar seu próprio rumo e a ficar mais interessante. O problema, no entanto, tornou-se Luce: eita menina indecisa! Eu sei que é um comportamento típico de garotas de dezessete anos, e que nós, garotas, também somos/já fomos assim, mas acompanhar uma personagem assim é cansativo.
O lado negativo do detalhamento, já citado como ponto positivo, é que torna a leitura pesada. Em alguns momentos, Kate poderia ter deixado a ambientação mais ao encargo da imaginação de cada leitor, em vez de narrar cada detalhe de cada ambiente da história. Aliás, muita gente reclama disso: são quatro livros em que cem páginas criam a linha de fatos da história.
A propósito, o terceiro livro, Tormenta, é todo voltado a mostrar as vidas passadas de Luce. E embora seja nele que ela desenvolve sua amizade com Billy, personagem crucial, e também seja nele que ela descobre mais sobre si e sobre seu relacionamento com Daniel e a maldição que os rodeia, você se cansa da história fácil porque enrola demais. Sim, eu sei que faz parte da linha de fatos, mas não deixa de ser desanimador.
Depois de viajar desde o Egito até Veneza e o Tibete com Luce, é hora de conhecer os segredos por trás d’A Queda e da maldição. Confesso que suspeitava, em partes, da existência da Luce, mas o que eu descobri ao terminar o livro foi bem mais do que isso. Não, não foi algo do tipo: “Nossa! Uau!, melhor livro que li!” Foi mais como: “Gente, sério isso? Não passou pela minha cabeça essa possibilidade”.

Se o final é feliz? Sim. Se acaba “tudo bem, tudo bom”? Não. Para quebrar a maldição, sacrifícios são feitos. Fallen mostra como o amor pode ser maior que o destino, que uma maldição injusta, e que um prazer que é dádiva de poucos. Daniel e Lucinda abrem mão de tudo um pelo outro. Abrem mão, até, da imortalidade. Quer saber o segredo por trás da maldição? Leia os livros.

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BetaCast #7 - Meu Passado Me Condena


Por:Salow (Igor) 

Atenção: Esse programa possui palavras de baixo calão.
  
Ooi, gente! Mais um BetaCast no ar! Nessa edição, fazemos um flashback da Gee como host e os betas Igor, Carol e Helen (com participação especial do Cachorro da Vizinhança) comentam sobre seus passados vergonhosos e julgam bastante! Escuta essa edição e relembre seus dias no trash conosco <3

Lembrete: a opinião dos podcasters não reflete qualquer opinião da Liga dos Betas ou da staff do site.

Se não conseguir acessar o player, clique aqui.
Clique em salvar link como para baixar.



Playlist:
  1. Diamonds of Xirley – Adrian Brasil
  2. Ai, Ai, Ai – Vanessa da Mata
  3. Wave – Tom Jobin
  4. Amiga da Minha Mulher – Seu Jorge
  5. Na Base do Beijo – Ivete Sangalo
  6. Ta-Hí – Marjorie Estiano
  7. Pintura Íntima – Kid Abelha
  8. Certas Coisas – versão Marina Elali
  9. Me Leva – Marjorie Estiano
  10. Aquela dos 30 – Sandy
  11. Mas que Nada – versão Black Eyed Peas
  12. Mina do Condomínio – Seu Jorge
  13. Eu Sou a Diva que Você quer Copiar – Valesca
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Antagonista: Aquilo/aquele que dá sabor às histórias

segunda-feira, 24 de agosto de 2015



Por: Felipe Martins

 Saudações, leitores do Blog da Liga! Esta é a minha primeira postagem aqui, mas espero agradar-lhes nesse post falando um pouco sobre uma figura tão conhecida e, por vezes, maltrabalhada no mundo das (fan)fics: o antagonista! Para começarmos, vamos saber mais sobre a palavra em si.
De acordo com o dicionário Houaiss, antagonista vem do grego antagōnistḗs (ἀνταγωνιστής) e significa “1. que ou o que age em sentido oposto; opositor. 2. que ou aquele que é contra alguém ou contra alguma coisa; adversário”. Perceba que, em ambas as definições, se fala sobre algo (ou alguém) que age em sentido contrário, detalhe valioso para se entender o que é o antagonista na literatura: aquilo (ou aquele) que vai contra os objetivos do protagonista.

Historicamente, a título de curiosidade, deve-se a criação da figura antagonista a Ésquilo, um tragediógrafo grego famoso, sendo que, no início, o termo era empregado apenas para indicar o adversário principal do protagonista (ou seja, a “segunda” figura mais importante da trama).


 Algumas observações importantes que você precisa ter em mente antes de inserir a figura antagonista na sua fic:

  1. Apesar de agir de forma contrária aos objetivos do protagonista, ele não é necessariamente o “vilão” da história; em certos casos, quando o protagonista é um anti-herói, o antagonista pode assumir o papel de “bonzinho” no enredo.
  1. Ele não precisa ser um personagem; pode ser o próprio local onde se passa o texto (o ambiente sertanejo de Vidas Secas, de Graciliano Ramos), um sentimento que o protagonista tem de enfrentar (o ciúme em Dom Casmurro, de Machado de Assis), um preconceito, desigualdades (Capitães da Areia, de Jorge Amado, trata das desigualdades sociais), entre outros. Existem infinitas possibilidades!
  1. O antagonista, assim como qualquer outra pessoa ou coisa na história, não precisa ter uma posição fixa durante todo o enredo, já que a intenção de o inserir ali não precisa ser obrigatoriamente maniqueísta (ou seja, que traz uma visão dualista de Bem e Mal).


Exemplo: Vegeta, da saga Dragon Ball, era o antagonista em busca das Esferas do Dragão para obter a imortalidade e o domínio sobre a galáxia; com o passar do tempo, vendo que ele e os protagonistas tinham inimigos em comum, viu-se forçado a criar uma aliança com eles e a virar um anti-herói vingativo, buscando sempre ser melhor que Goku.


  •   Mas, afinal, qual é a utilidade de um antagonista?
O antagonista é uma figura essencial em quase todo tipo de gênero em que seja possível encaixar personagens. Muitas histórias, na dinâmica entre os dois personagens, encontram o eixo principal de um enredo conciso, sólido e complexo, o que exige que eles tenham uma construção bem planejada. Não é preciso ir longe para descobrir isso: J.K. Rowling baseou uma saga incrível e famosa em protagonista (Harry Potter) e antagonista (Lord Voldemort).
É claro, contudo, que um enredo não se constrói apenas com isso. Mas muitos dos livros que vierem à sua mente nos próximos minutos terão essa rivalidade como o gênesis de tudo, garanto.
Sendo uma figura tão notável, é importante conhecê-la bem para criarmos nossas (fan)fics sem problemas, não é mesmo?

  • Como eu faço para ter um bom antagonista?
Assim como tudo humano, não existe uma fórmula exata que crie magicamente um “antagonista perfeito”. Entretanto, é importante que você procure ter a mesma atenção e foco na hora de criar o seu protagonista com o antagonista, pois, como já foi dito, ambos são muito importantes.
Procure fugir do maniqueísmo: originalidade e/ou inovação, assim como tudo na escrita, são a alma do negócio! E lembre-se: ainda que pareça difícil, pesquisar é muito importante e útil, afinal, é conhecendo o velho que se pode imaginar o novo!
Espero que este artigo o tenha ajudado, leitor, a compreender um pouco mais sobre os antagonistas. ‘Bora escrever antagonistas complexos e originais, ‘bora? <3
Até a próxima, pessoal! Boa sorte e boas pesquisas!



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Ficção científica e seus subgêneros

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Por Jéssica L. (Scout Caramel)

Acredito que vocês já estejam carecas de saber do desafio de Julho e Agosto do Nyah! (se esse não for o seu caso e você ainda tiver seus lindos e viçosos cabelos, clique aqui). O negócio é que eu decidi me inscrever e participar, mas quando vasculhei o conteúdo do blog dos betas, percebi uma coisa:
Não tem nenhum artigo sobre o assunto!
Dessa forma, pensei com meus botões: Isso precisa de uma solução...
Após cautelosa ponderação, resolvi me empenhar em escrever sobre esse tema, que ainda é meio novo pra mim, então fiz minha pesquisa e agora trago a vocês os tipos, ou subgêneros de ficção científica, de forma resumida, na esperança que isso dê uma animada em quem está pensando em participar, mas não tem ideia de por onde começar. Vamos lá:






Hard Sci-fi e Soft Sci-fi

O nível de detalhe e fundamento científico da sua fic será um dos aspectos a serem levados em consideração, por isso a conveniência de se dividir as Ficções científicas em dois tipos:
A ficção científica hard é quando a história se baseia bastante em plausibilidade em seus elementos científicos, isto é, do quanto tal tecnologia ou evento seria possível, descrevendo realisticamente essa realidade, e imaginando e expandindo os efeitos disso. Vale lembrar que, por “plausibilidade”, não estou definindo qualidade: um pouco de realidade é necessária para que o leitor se intesse na sua fic, mas ela por si só não é garantia de uma história “melhor”: são apenas focos diferentes. E se por um lado a atenção aos detalhes e a complexidade maior podem servir de “isca” para o leitor, como tudo na vida, há o outro lado: a ciência está sempre avançando, e várias descobertas ocorrem que desmentem antigas “verdades”, e isso se reflete na história, que pode ficar parecendo “incorreta”, afinal, o autor não sabia de tal fato no tempo em que a ficção foi escrita. Alguns autores conhecidos de Hard Sci-fi são Júlio Verne, Isaac Asimov e H. G. Wells. Entre os filmes, podemos destacar 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968), Gravidade (2013) e Brilho Eterno de uma Mente sem Lembraças (2004).
Já a ficção científica soft seria quando os elementos científicos são usados apenas como um “pano de fundo” para a história, sem que esta se concentre realmente em explorar os aspectos desse elemento, dando espaço na história pra discutir outros temas. Alguns autores desse estilo são Ray Bradbury, Neil Gaiman e Philip K. Dick. Entre os filmes, existem vários exemplos, mas vou destacar três: De volta para o Futuro (e suas continuações), a franquia de Planeta dos Macacos e os filmes do Star Trek.
Claro que isso também não serve pra delimitar os autores de Sci-fi, traçando uma linha entre eles; Vários dos caras citados acima escreveram em ambos os estilos, e isso não definiu o sucesso deles. Soft ou Hard, o que importa numa fic é entreter, e isso vale em qualquer gênero.

Cyberpunk, Steampunk e outros “punkies”

Cyberpunk, definida pela Wikipedia Inglesa: Em geral, é uma ficção que se localiza no futuro, de caraterísticas decadentes do ponto de vista moral. Superpopulação, alto índice de violência urbana e degeneração ambiental são temas frequentes, mas o essencial é a temática tecnológica em geral enfocada na informática, telecomunicação e eletrônica. Definida por Lawrence Person, um editor do gênero: “Personagens do Cyberpunk clássico eram marginalizados, solitários alienados que viviam à beira da sociedade, em geral, futuros distópicos onde a vida diária foi impactada pela rápida mudança tecnológica, uma datasfera onipresente de informação computadorizada, e a modificação invasiva do corpo humano.”. Assim, espere encontrar obras como Akira, Ghost in Shell e Blade Runner como os principais representantes dessa estética.
Steampunk, ou Retrofuturismo: Trata-se daquela ambientação num futuro também, só que com aparência de “Inglaterra vitoriana”, com estilo inspirado na estética do passado, principalmente do século 19. Seria como uma visão alternativa do futuro, onde toda a tecnologia se parece com algo que tivesse sido imaginado por pessoas dessa época. Obras como Metrópolis de Fritz Lang e Farenheit 451 de Ray Bradubury, imaginavam ambientações futuras que já foram ultrapassadas ou cujo curso atual da história já inviabilizou. A ambientação fica como uma espécie de universo alternativo, ou algo do tipo "como seria se tal coisa tivesse acontecido". Exemplos: Os filmes mais recentes do Sherlock Holmes com o Hugh Jackman, Full Metal Alchemist e Planeta do Tesouro, da Disney.
Biopunk (traduzido da Wikipedia Inglesa): Ficção científica biopunk é um subgênero da ficção cyberpunk que se passa em um futuro próximo com consequências não intencionais da revolução da biotecnologia na sequência da descoberta do DNA recombinante. Histórias biopunk exploram as lutas de indivíduos ou grupos, muitas vezes o produto da experimentação humana, em um cenário de governos totalitários e megacorporações que abusam biotecnologias como meio de controle social e de especulação. Ao contrário cyberpunk, não se baseia em tecnologia da informação, mas em biologia sintética. Como no pós-cyberpunk ficção, os indivíduos são geralmente modificado e não reforçada com Cyberware, mas por manipulação genética. Uma característica comum de biopunk ficção é a "clínica negra", que é um laboratório, clínica ou hospital que realiza ilegal, não regularmentada, ou modificação biológica eticamente dúbia e procedimentos de engenharia genética. Como exemplos, posso citar: Blade Runner (de novo!), a série Resident Evil e A Ilha do Doutor Moreau, do (olha, que coisa!) H.G. Wells.
Social Sci fi (traduzido da Wikipedia Inglesa): Ficção científica social é um subgênero do mesmo, onde comentário social (cultural ou política) ocorre em um universo sci-fi. Ficção utópica e distópica é um gênero clássico, embora a maioria das obras de ficção científica pode ser interpretada como tendo comentário social de um ou outro tipo como uma característica importante. Não é incomum, portanto, para uma obra de ficção científica ser rotulada como sci-fi social, bem como inúmeras outras categorias. Um dos escritores que usaram ficção científica para explorar a sociologia de temas do próximo-futuro foi HG Wells, com seu clássico “A máquina do Tempo” (1895), no qual o personagem viaja até um futuro no qual a raça humana se desenvolveu em ramos distintos, os Elóis e os Morlocks. Os primeiros seriam pacíficos e dóceis, aparentemente vivendo num mundo paradisíaco, sem qualquer tipo de preocupações, até perceber que eles, na realidade, servem de alimentos para uma outra raça, os Morlocks, que vivem no subterrâneo e que, apesar de outrora terem sido dominados pelos Elóis, tornaram-se predadores destes. Na realidade, lendo-se a obra pode-se perceber que o tema na verdade são as conseqüência da desigualdade de classes: a sociedade feliz de Elois predados pelos Morlocks, mas que ainda precisam deles para mantê-la funcionando é uma crítica velada da sociedade capitalista, onde a classe exploradora, ou a burguesia, é simbolizada pelos fúteis Elóis em seu mundo, e a classe explorada, ou o proletariado, é representada pelos Morlocks, desnutridos e vivendo nos subterrâneos.
Space Opera (Segundo a Wikipédia em português): Space opera é um subgênero da ficção científica que enfatiza a guerra espacial e aventura romântica, muitas vezes melodramático, e que se passa principalmente ou inteiramente no espaço. Geralmente envolve conflito entre adversários que possuem habilidades avançadas, armas futuristas e/ou outra tecnologia sofisticada. O termo não tem nenhuma relação com a música, mas em vez disso é uma brincadeira com o termo "horse opera", que foi cunhado durante o auge do cinema mudo para indicar filmes de faroeste clichês e fórmulas. Space operas surgiram na década de 1930 e continuam a ser produzidas em literatura, cinema, quadrinhos e jogos de vídeo. Exemplos: o anime Space Dandy, a franquia de Star Wars e, olha só que surpresa, o desenho do He-man (ai, tô velha!). O filme Guardiões da Galáxia também tem alguns elementos desse tipo.
Enfim, existem vários outros subgêneros dentro da Ficção Científica, mas seria difícil abordá-los convenientemente num só artigo, então por hoje é só, boa sorte escolhendo o seu tema e divirtam-se pensando em novas formas de explorar os limites da tecnologia e da imaginação. Como diria o Capitão Planeta, “O poder é de vocês!” (Ai, só tenho 23 aninhos, não tô velha!)


Ficção Científica, por Marcus Valerio XR, Disponível em: <http://www.xr.pro.br/Ficcao_Cientifica.html> Acesso em 19/07/2015
Wikipedia, Science Fiction, Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Science_fiction> Acesso em 19/07/2015
Wikipédia, Ficção Científica, Disponível em:

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Como escrever um bom enredo policial

segunda-feira, 10 de agosto de 2015


Por NamelessChick



Olá, meus queridos. Estava eu, uma simples novata da liga, a vagar por aí, quando dei de cara com uma oportunidade de ouro: escrever um artigo para o blog. *gritinhos de comemoração*

Bem, aqui estou. E dentre “n” assuntos que eu poderia falar, decidi escrever sobre um tema sugerido por vocês (sim, vocês, caros leitores), que chamou minha atenção.

Vocês perguntaram:

Como escrever um bom enredo policial?”
E ainda um adicional de:
“(...) como explorar o ponto de vista tanto dos policiais quanto dos criminosos, como demonstrar tanto o lado da ação quanto o lado mais científico das investigações (...)?”

Meus caros, não temam. Estou aqui para ajudá-los. Mas antes de mais nada... Vamos recapitular: O que é enredo?

“No contexto narrativo, enredo é o encadeamento dos fatos narrados em um texto, um dos elementos da estrutura de um romance, de uma novela ou de um conto. É o conteúdo em que a narrativa se constrói. É a trama, é a sequência dos fatos, são as situações vividas pelos personagens durante o desenrolar de uma história.
O enredo apresenta diversas características. A partir do enredo pode-se chegar ao tema, que é o motivo central de uma narrativa. O enredo apresenta situações de conflito entre os personagens, criadas para se obter dramaticidade no texto. O clímax é o momento de maior tensão dramática de um enredo, isto é, o momento em que o conflito atinge sua maior dramaticidade. O desfecho de um enredo é o momento em que os conflitos são solucionados.”

“Tia Nameless, isso daí eu aprendi na escola! Me fala logo como escrever um enredo POLICIAL para eu correr e escrever a fic dos meus sonhos!”
Calma, pequeno gafanhoto. Recordar é viver.


Sabendo o que é um enredo, ou pelo menos, recordando, vamos ao que interessa.


Como uma louca por séries e, principalmente, séries policiais, decidi abordar o assunto com base no que conheço — e um adicional de pesquisas, é claro.


O que todo escritor busca — ou deveria buscar — é uma forma de criar um enredo envolvente e interessante, fazendo com que o leitor se sintonize com a história, louco por mais e mais capítulos. Com um enredo policial não é nem um pouco diferente. Vocês vão perceber que existem algumas “formulinhas” de enredo policial que geralmente fazem sucesso — se você não gosta de clichês, provavelmente deve evitar esse tipo de construção — e que vou citar ao longo do texto.
Para começar a explicação, decidi trabalhar com duas vertentes separadas: as originais e as fanfics. Pode parecer estranho fazer tal separação, mas logo, logo, vocês vão entender o porquê.
Primeiro, as originais — já que elas vão requerer uma explicação relativamente mais complexa que as fanfics.


Antes de mais nada, você tem que estabelecer alguns objetivos para poder desenvolver da melhor maneira possível sua história. Como não vejo nenhuma outra maneira mais fácil — ou mais didática — de iniciar a explicação, vou criar um esquema de perguntas e respostas para vos orientar.
Comecemos pelo “esqueleto” da história, que será a base do tão sonhado enredo.


1) Sua história será em algum lugar real ou fictício?
Se for em algum lugar específico, como Estados Unidos ou Brasil, por exemplo, você deve fazer uma boa pesquisa sobre como funciona o sistema penal do lugar. Além do sistema penal, é interessante estudar a forma como a polícia se organiza, e se possível, dar uma olhada em jurisdições. Pode parecer trabalhoso — e por muitas vezes, é de fato —, mas o mínimo de pesquisa é primordial. Imagine uma história que se passa no Brasil, em pleno ano de 2015, onde um ladrão de galinhas vai preso e condenado à prisão perpétua? Absurdo, não? Você não quer correr o risco de cometer um erro — ou uma gafe, como essa do exemplo — na sua história, não é mesmo?

“Nossa, que difícil. Não, tia, minha história é num lugar fictício.”

Pois então, gafanhoto. Sente-se e respire fundo. Você vai ter que bolar tudo aquilo que não quis pesquisar. Afinal, se é um enredo policial, precisa se passar em algum lugar e todo lugar tem leis, correto? E também um sistema que julga aqueles que fogem a essa lei. Então, boa sorte. Não tem que criar uma constituição nem nada disso, mas é de suma importância você criar um âmbito para que a lei possa agir e, consequentemente, a história acontecer.


2) Sua história se passará no presente, passado ou futuro?

Tão importante quanto a primeira pergunta, é essa segunda. Você tem que ter muito claro em sua cabecinha tão cheia de ideias o período em que sua trama ocorrerá. Fictícias ou não, as leis mudam ao longo dos anos, bem como a criminalística, as áreas forenses, as tecnologias e praticamente tudo aquilo que está presente num enredo policial. Escolha um período, pesquise sobre como funcionava tudo aquilo discutido na resposta da primeira pergunta e se adeque ao contexto. Nada de pistolas semiautomáticas no século dezoito, certo?
No caso da história fictícia isso pode não ser tão rígido, mas essa ideia de que as tecnologias, leis e a própria estrutura da polícia mudam com o tempo é sempre a mesma. (A não ser que você crie uma história onde tudo funcione da mesma forma desde sempre e nunca mude, o que faz com que essa segunda resposta seja completamente inútil para você.)


3) Sua história vai ter o enfoque principal no(s) policial(ais) ou no(s) bandido(s)?

Essa é uma divisão clássica nas histórias policiais. Em geral, o autor escolhe um dos “lados” e desenvolve sua história com a perspectiva desse lado em questão.
Eu particularmente sou adepta da tal divisão, mas é claro que você pode adotar os dois e contar com uma “visão dupla”. No entanto, o grau de dificuldade desse tipo de história é relativamente maior, visto que requer mais detalhes de ambas as partes.

Geralmente quando se escolhe retratar o lado policial, a parte técnica da criminalística é muito mais evidente. Também ganha destaque nessa vertente o mistério, a ação, a investigação e a resolução (ou não) de crimes. No lado criminoso, ganha destaque o crime em si, o próprio bandido, o porquê do crime, ser pego pela polícia ou não e outras variantes.
Não existe um “lado melhor”. Nem um lado “mais fácil”. Os dois são igualmente interessantes e ambos requerem certas pesquisas para aprofundar mais certos detalhes do texto.


Por ora, você deve ter tudo isso planejadinho. Tem que saber responder essas três perguntas. Elas são a base da sua história. Sem isso, nada vai se desenvolver com fluidez.

“Ok, Tia Nameless. Já sei o que quero. Mas... e agora?”

Bem, meu jovem, agora vem uma parte fundamental para toda história policial: a criminalística.
“Hãn? O que é isso? É de comer?”

Não, meu jovem. Criminalística é a disciplina que reúne os conhecimentos e técnicas necessários à elucidação dos crimes e à descoberta de seus autores, mediante coleta e interpretação dos vestígios, fatos e consequências supervenientes.

“Ainda não entendi, tia.”

É a investigação e a “parte técnica”, meu querido. Duas coisas com tantas possibilidades a serem exploradas que você pode ficar até tonto.

Falando da parte técnica — ou mais “científica” — em si, existem autores que exploram bastante essa área, dando grande destaque para ela, que por muitas vezes resolvem os crimes por si só. Um ótimo exemplo é o seriado Bones, onde a história baseia-se na parceria entre um agente especial do FBI e uma antropóloga forense. Rizzoli & Isles é um outro exemplo interessante, onde as protagonistas são uma legista e uma detetive da delegacia de homicídios.
Você pode escolher como a criminalística vai interferir na sua história e como ela vai auxiliar a investigação: com muito ou pouco destaque, com uma boa eficiência ou não e etc.
Citando somente alguns exemplos do que você poderia usar, se o contexto permitir, na sua história... Você tem: DNA, reconhecimento facial, retrato falado, balística, psicologia, especialistas em áreas específicas, legistas, banco de placas de veículos, conhecimentos médicos, conhecimentos químicos, conhecimentos físicos, banco de dados de digitais, análise de fotos, uso de luminol e etc. O céu é o limite.

P.S: Só tome o cuidado para não dar tanto destaque a essa parte “científica” e se esquecer da investigação. Pode não parecer, mas muitos se empolgam com essa parte e basicamente resolvem todos os crimes sem uma investigação decente. Ou então, quando a investigação empaca, vem algum dado científico do céu e resolve todos os problemas. Quem nunca assistiu um “CSI da vida” que o crime foi solucionado com um “banco de dados de impressões deixadas pelo pneu tal”?

A investigação também é uma área a ser amplamente explorada, onde você pode usar e criar técnicas de investigação. O mistério da solução de um crime está aqui. Se quer mistério na sua história, essa é a chave do sucesso. Busca de pistas, escutas, entrevistas com testemunhas e informantes, policiais trabalhando à paisana e até mesmo a tortura: tudo isso e muito mais são técnicas de investigação utilizadas, interessantíssimas, e que sempre podem ser bem trabalhadas. Também existem os “Sherlock Holmes” da vida que resolvem muitos crimes na base dos seus conhecimentos ninja-dedutivos.
Ufa! Finalmente! Vamos agora às fanfics.
Mas você que é autor das originais, não pense que o assunto acabou. Ainda temos detalhes a discutir que são a “cerejinha do bolo” da sua história, que servem tanto para originais quanto para fanfics.

Bem, se você quer escrever uma fanfic, o mínimo do mínimo é o seu domínio a respeito da obra original. Saber os locais, como descrevê-los, conhecer os personagens e suas personalidades, como se desenvolve a trama policial original, as técnicas de investigação utilizadas e todos esses pormenores um tanto complicadinhos na hora de se desenvolver a trama. Tendo isso em mente, você tem três possibilidades:

  • Criar um universo alternativo e, consequentemente, ter que utilizar as três perguntas anteriores;
  • Seguir o mesmo universo e os mesmos crimes, contudo, alterando as ações e o curso da história para evitar o temível plágio;
  • Seguir o mesmo universo, mas com crimes de sua autoria.

Escolhendo qualquer uma das três possibilidades é só desenvolver o seu enredo. Seguindo as “limitações” do seu universo e desenvolvendo sua história a partir das informações que você já tem.

“Tia Nameless, agora eu tenho todo o esqueleto da minha história pronto. E depois?”

Que bom que perguntou, gafanhoto.
Tendo tudo isso pronto, você praticamente está com sua história prontinha. É só brincar com gêneros e possibilidades para criar o enredo. Confesso que as explicações estavam mais focadas para a parte “policial” da coisa, e não do ponto de vista de um criminoso, mas essa reta final vai abranger as duas partes.


– O que é indispensável num bom enredo policial?

Sem dúvidas, o mistério e a ação. Toda a emoção está em ver um crime ser cometido, investigado, solucionado, a perseguição do criminoso e etc. Um toque de drama também é indispensável. Notem que todas as histórias policiais, por mais que tenham romance, comédia, yaoi/yuri, fantasia, ficção científica ou qualquer outro gênero, a ação e o mistério são elementos fundamentais e sempre presentes na obra.


– O que pode ser explorado na narração da história?

Visando o lado “bandido”, você pode sempre narrar o crime em questão, trabalhar todo um lado psicológico do seu criminoso, se ele é descoberto ou não, como ele encobre seus crimes, ou se não os encobre, se ele é perseguido pela polícia ou não e etc.

Falando do lado “policial”, você pode sempre narrar a descoberta do crime, o impacto que ele causa nas pessoas, conversas com as vítimas, a investigação, a frustração de um policial em sua incessante busca pelo autor de determinado crime, como seu trabalho afeta sua vida pessoal e etc.

Além de tudo isso, você ainda tem a chance de trabalhar com conceitos de anti-heróis, protagonistas e antagonistas. Podem existir policiais, juízes, promotores, informantes corruptos, por exemplo. Ou aquele policial que virou bandido. Ou o bandido que é justiceiro. Enfim, são inúmeras as possibilidades.

  • O que deve ser evitado?

Sem dúvidas, os exageros. Como todo tipo de gênero, o policial tem seus clichês e, sobretudo, as formas não bem escritas dos seus clichês. No enredo policial, esse clichê mal escrito se chama exagero.
É algo recorrente ao gênero algumas fugas da realidade. Um exemplo clássico são os policiais que resolvem absolutamente todos os casos e em tempo recorde. Ou o laboratório que tem como extrair DNA e digitais de qualquer coisa, ou apresentar resultados de testes em minutos. Geralmente essas situações são produto de falta de pesquisa do autor, ou sua ansiedade em desenvolver o quanto antes a história.
Nas cenas de ação também ocorrem muitas falhas, como policiais que nunca erram um tiro e tem a mira perfeita. Armas que nunca são recarregadas na narrativa, lutas em que o vencedor sai praticamente ileso e sem dores corporais depois, bandidos que são descuidados de seus crimes e mesmo assim nunca são pegos. Um lugar onde todos são corruptos ou todos são 100% bonzinhos. História onde todos os crimes em qualquer lugar são resolvidos com subornos. E outras coisas do gênero.
Escrever um bom enredo policial é um processo trabalhoso, que requer muitos detalhes, onde busca-se um equilíbrio bacana entre investigação e “ciência”, e esses são alguns “mecanismos” utilizados por alguns autores para de certa forma acelerar ou agilizar alguns momentos da história. É uma questão um tanto polêmica, pois é algo recorrente nas obras do meio, e que são geralmente aceitas pelo grande público — apesar das duras críticas que essas situações recebem de uma parcela de leitores/espectadores.


E isso é tudo, meus queridos. Com todos esses ingredientes juntos, você pode criar sua história que terá tudo para ter um bom enredo policial. Mas, como prometi anteriormente, eis aqui algumas fórmulas que sempre fazem sucesso em tramas policiais:


  • O casal. Sim, para os shippers de plantão, um casal sempre deixa a história mais interessante. Quem nunca shippou dois policiais que trabalhavam juntos? Ou um policial e um bandido? Ou dois bandidos? E o interessante é que eles não precisam estar necessariamente juntos. E, sim, isso faz muito sucesso. E está presente em quase todas as obras policiais. No meu mundo de séries, por exemplo, eu poderia citar novamente Bones (com o casal Brennan e Booth) e a série Law and Order SVU (com o “não-casal” Olivia e Ellitot).

  • A comédia. Sim, a comédia é um elemento que faz certo sucesso em muita história policial por aí. Seja em um humor mais descarado e tosco, ou negro e sarcástico, o humor é algo que sempre angaria e agrada leitores e, de certa forma, dá uma leveza à história, tirando todo o peso dos dramas, dos crimes e etc. Dá um ar de descontração interessante. Poderia citar como exemplo as séries Brooklyn Nine-nine e The Mysteries of Laura.

  • “O bandido”. Sabe aquele maldito bandido que aparece e é simplesmente o mais esperto, o mais astuto, o mais foda, o mais perigoso? Pois é, esse cara. Tem sempre aquele bandido que aparece pra marcar a trama. Geralmente é um cara que comete algum crime de modo excepcional e os policiais nunca conseguem pegar. É o cara que tira as noites de sono dos investigadores e enlouquece de raiva os leitores com a sua genialidade sobrenatural. Chega até a ser irritante. Muitas vezes esse bandido aparece e fica por muito tempo na história, pode sequestrar alguém, matar um personagem secundário e tudo o mais. Na maioria dos casos, esse cara é morto — porque se for preso, com certeza vai escapar e atormentar a vida de todo mundo até ser morto. Muitos autores abusam desse bandido, prolongando dolorosamente o enredo nas mesmas coisas, deixando-o repetitivo e chato. É legal esse bandido, mas... Uma hora enche o saco.

  • No caso do policial ser protagonista: ele ser sequestrado por alguém, ou quase assassinado, ou quando conspiram contra ele, fazendo com que perca (ou quase perca) seu emprego e sua credibilidade, ou ser pego pelo criminoso que estava buscando e passa a correr um risco de vida. Enfim. Todos esses “quase” dão um ibope danado. Todo leitor fica agoniado com o desenvolver desse tipo de situação, temendo pela vida do policial, querendo saber se ele vai dar a volta por cima ou não. É algo que rende muita história e prende muito leitor ao texto.

  • No caso do bandido ser protagonista: ele quase ser pego. Essa é a graça. O quase. O segredo é ele nunca ser pego. Não importa o quão difícil seja a situação: ele vai escapar no final. Porque a história depende de seus crimes. Se ele for preso, acaba a história. Um exemplo é a série Dexter. Narrada do ponto de vista de um serial killer justiceiro que trabalha como consultor da polícia. Se observarem na série, ele “quase” foi pego muitas vezes, e além dos próprios dramas pessoais, passava por esses ocasionais “sufocos”.

  • A conspiração. Oh, sim. Isso aqui rende muito e agrada muita gente. É aquele crime que veio de outro crime, que foi feito por alguém, com um pretexto “x”... Enfim, são incontáveis possibilidades. Tem grandes corporações, máfias, governo, espiões, agências, agentes secretos, muita gente corrupta e todas essas coisas que as conspirações englobam.

  • Por último, mas não menos importante: a dupla de parceiros. Pois é. Dificilmente você encontra por aí um enredo que não tenha uma dupla de parceiros como protagonistas. Aquela “duplinha da pesada” que sempre resolve todos os crimes juntos. Muito usada quando o autor busca adicionar um romance à história, cria-se duplas de parceiros onde sempre rola aquele clima. Ou apenas uma dinâmica diferenciada. Os leitores geralmente shippam muitos desses casais, por vários motivos, mesmo que os parceiros não fiquem juntos (resultando em toneladas de fanfics). Muitos autores gostam de formar como casal (seja no sentido romântico ou não) um policial e um “não policial”, para dar um toque interessante, embora não abram mão da dupla de policiais também. Um exemplo divertido é o agente sênior do FBI Peter Burke e o brilhante falsificador Neal Caffrey de White Collar.


E isso é tudo, meus queridos. Fico por aqui. Espero ter ajudado vocês.





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Resenha: Aluga-se um Noivo

sexta-feira, 7 de agosto de 2015


Olá, pessoal! Como vão vocês? Nessa linda sexta-feira, vim até aqui para apresentar-lhes a resenha do livro “Aluga-se um Noivo”, da nossa querida Clara de Assis, a autora entrevistada nesta semana pelo blog da Liga.

Sinopse: Nada poderia ter afetado tanto Débora Albuquerque quanto ter de enfrentar seu ex-namorado, João, como padrinho de casamento de seu irmão. Como se não bastasse, acompanhado por sua nova namorada, ninguém menos que Letícia, a quem Débora um dia chamou de amiga.
A situação já parecia bastante ruim, quando Débora teve a brilhante ideia de surgir na festa muito bem acompanhada. Para tanto, acordou com um garoto de programa, Théo, para que fizesse a vez de namorado e, juntos, seriam o casal mais feliz do mundo. Por sorte ou não, a inseparável melhor amiga de Débora, Carol, resolveu dar uma mãozinha, e o que antes era uma loucura, tornou-se algo mais complicado que nunca: de namorado a noivo, num piscar de olhos.
Débora, carioca, balzaquiana, estava disposta a pagar o quanto fosse para não aparecer sozinha na festa. Théo seria o namorado ideal, lindo, sofisticado, com sotaque italiano e extremamente sedutor. O plano era perfeito, mas Débora se apaixonou...



Por ter seu ego ferido pela traição de João e ainda receber a notícia de que o ex traidor vai ser o padrinho de casamento do seu irmão, Júnior, Débora está disposta a qualquer coisa para não aparecer na cerimônia sozinha. Até mesmo a contratar um garoto de programas para acompanhá-la. Com a ajuda de sua melhor amiga, Carol, a personagem que mais vai fazer com que você dê risadas nesse livro, Débora encontra Théo, o cara perfeito para o serviço.
A química entre nossos protagonistas é praticamente instantânea, isso porque Théo sempre parece saber o que dizer/fazer para mandar toda a articulação de Débora para o espaço. Quando a tensão sexual entre os dois torna-se insuportável, eles simplesmente explodem no reconhecimento dos corpos um do outro e, nesse ponto da leitura, se você ainda não havia percebido, consegue ver nitidamente que o que há entre Théo e Débora vai muito além de um acordo comercial. Mas isso não é tão óbvio para Débora.
Claro que ela sabe que está apaixonada, porém as dúvidas quanto aos sentimentos de Théo a corroem por dentro. Ela é uma mulher madura, inteligente e decidida, que caiu de cabeça num relacionamento mal resolvido com um cara sobre quem não sabe nada, nem mesmo o nome completo.
Em meio a idas e vindas, encontros e desencontros, nossa autora ainda consegue lançar uma bomba no colo dos leitores! Théo não é nada do que possamos imaginar dele, e por essa Débora Albuquerque não esperava.
Se você curte comédias românticas, situações inusitadas, uma pitada de erotismo e romances que contêm porções generosas de tudo o que o Rio de Janeiro tem a oferecer, então “Aluga-se um Noivo” vai se provar uma leitura mega divertida, ao melhor estilo despojado que uma narrativa em primeira pessoa pode trazer e com uma reviravolta de tirar o fôlego!

A leitura é fácil, leve e divertida até mesmo quando traz certa dose de drama! E o final... ah, o final! Um show à parte! Um verdadeiro mimo aos românticos de plantão.
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Entrevista: Clara de Assis

segunda-feira, 3 de agosto de 2015


Clara de Assis é brasileira, carioca, conquistou dois diplomas que não fazem a menor diferença para uma escritora. Começou a escrever pequenos contos aos dez anos. Leitora compulsiva, pragmática e de riso fácil. Esquece o que comeu no dia anterior, mas guarda suas sinopses na cabeça, algumas ainda em fase embrionária há anos.
Atualmente mora com a família em Niterói/Rio de Janeiro.

Liga dos Betas (LB): Autora, beta, revisora, mãe, trabalhadora em doses industriais… Muito obrigada por teres arranjado um tempinho para a entrevista, Clara. Em consistência com esta tua característica, a primeira pergunta também se desdobra em várias. Como e por que começaste a escrever? Coincidiu com o momento em que começaste a publicar as tuas histórias online?

Clara de Assis (CA): Oi, Liga... Antes de tudo eu agradeço a oportunidade de poder falar sobre meu trabalho, o tempo e o interesse de vocês também. Escrevo desde os nove anos, mas, por favor, não me faça mostrar pois tenho senso do ridículo, hahaha. Minha primeira publicação foi no Nyah, há três anos, com um nick diferente do meu nome; foi um teste, eu queria saber se o que eu escrevia prestava; era Fantasia, por motivos de: eu adoro RPG. Não deu muito certo, óbvio, hahaha No ano seguinte eu coloquei minha cara pra bater e testei alguns gêneros, e não é que teve gente que gostou?

LB: Engraçado as coisas que podem dar certo quando nos arriscamos, não é? E ok, não iremos pedir os teus escritos de quanto tinhas nove anos… Mas vamos perguntar sobre a primeira coisa que te lembras de ter escrito. Em particular como te sentiste nessa altura em relação à tua escrita, e como te sentes agora.

CA: Lembro bem que era um livro de época, naquele tempo (não importa quanto no passado, hahaha), eu lia muito José de Alencar. Só o livro Senhora li oito vezes, a primeira vez aos três anos, porque eu queria ler tudo pela frente e é claro que eu não entendi patavinas. A cada período da minha infância eu fui lendo e relendo Senhora. Aos nove anos eu me achava especialista em romance de época, hahaha, e o que eu senti foi alívio quando terminei um caderno de 160 páginas. Foi: Ufa! Que bom que eu terminei, agora só falta plantar uma árvore. Estava na cara que o filho só muito mais tarde, rs. Hoje ... primeiro de tudo, não sei nada de nada. E o que sinto quando escrevo é liberdade, é algo que eu faço por mim, que (apesar de atingir outras pessoas) tem muito a ver com poder dizer: eu consigo criar.
Escrever é algo que não faço pra agradar ao meu pai, para agradá-lo eu fiz Arquitetura e Urbanismo. Tem a ver com prazer, com poder criar, dar vida, voz e forma para um personagem, posso matá-lo, posso casá-lo, posso fazê-lo feio ou lindo demais, ele pode ter manias e ele sempre vai ser meu. Podem até negar, mas quem escreve adora brincar de Deus.

LB: Julgo que os leitores concordarão que definitivamente consegues criar. Mas como foi o processo de pegar nessa criação, publicada na internet, e torná-la num livro? Refiro-me em específico a Aluga-se um Noivo, a tua estreia no mercado editorial.

CA: Vamos esclarecer isso de vez, Elyon. O livro estava pronto; Carol, minha grande amiga, estava trabalhando em SP na época das postagens, ela lia o Nyah e eu postava pra ela, depois de adaptar um texto que já existia, já estava registrado, enfim. Então foi o inverso, não foi a fic que virou livro, foi o livro que virou fic, tanto que há muitos capítulos que eu não ousei postar. A estreia foi completamente atropelada por culpa de plágio e reprodução indevida. Eu sou perfeccionista, não falo isso com prazer, é um defeito, então, eu queria "sentir o terreno", saber se o livro poderia ser publicado, se haveria retorno. Bom, o livro foi aceito, foi plagiado algumas vezes, reproduzido sem minha autorização muitas outras, e até mesmo um mito eu virei (será que Clara de Assis existe?) Soube dessas histórias conversando com algumas parceiras de eventos literários... Enfim, daí no meio do caminho contratei uma pessoa pra betar que me entregou o livro como pronto, mas não estava. Enfim, ele foi muito zoado... Coitado do Théo, hahaha. Vamos ver se nas continuações eu consigo lançar sem atropelos, como foi o caso do Dragão de Jade, esse saiu direitinho, quotes, book trailer, capa revelada, livro. Foi maravilhoso.

LB: Um plot twist! Mexendo ainda um pouco no desagradável, visto as tuas (infelizmente) várias experiências com plágio, qual é na tua opinião a melhor maneira de se lidar com isso?

CA: Ai, eu vou tentar ser sucinta, moças, porque eu tenho uma opinião extensa sobre o assunto....
Respeito. Tudo começa com Respeito. Muitas pessoas não fazem ideia de que prejudicam o autor de maneira colossal, e os que têm essa consciência pedem o arquivo pirata porque querem ter vantagem. Eu não vejo o sujeito que pede o arquivo menos culpado do que quem quebrou o DMR e quem passou adiante. Só há prática ilícita se tiver quem corrobore, quem bata palma. É triste pra caramba, mas a maioria das pessoas que prejudicam o autor não o conhece, não o respeita como indivíduo.
Uma pergunta para se pensar: Será que eu tenho coragem de roubar meu amigo, estar com ele, perceber seu sacrifício, o tanto que abre mão de muitas coisas pra realizar aquele feito e então eu vou roubá-lo?
A maioria que plagia, que pirateia, não respeita o outro, o trabalho, a vida, não tem competência para se colocar no lugar do outro.

LB: Olhando para a introdução desta entrevista, dá logo para perceber que és uma pessoa atarefada. Como concilias a faceta de escritora com as restantes partes da tua vida?

CA: Essa sim é a pergunta mais difícil de todas, hahaha E eu não sei te responder, as coisas vão acontecendo! Eu estou aqui com vocês, mas já dei comidinha para as crianças, já fui andar pela casa pra ver o que tem de ser feito amanhã, enquanto vocês preparavam a pergunta eu fui lá na fábrica em que o Anghelo prepara a cerveja e já o ajudei a fechar um fermentador, hahahaha Voltei, passei pela sala, vi os meninos jogando Xbox, já respondi três leitoras e agora estou digitando isso enquanto falo com a minha mãe no telefone. Eu não sei... As coisas só.... acontecem!

LB: Fiquei cansada só de ler. Então, dentro desse “acontecer”, como é o teu processo criativo? Inventas na hora ou preferes estruturar e planear tudo antes de começar?

CA: Eu estruturo tudo antes, Elyon. Evelyn [beta/revisora] pode confirmar, ela deu uma lidinha numa das minhas estruturas, rsrsrs.

LB: Já deu para perceber por alguns detalhes numa resposta aqui e ali que dás o teu trabalho a ler a algumas pessoas antes de o tornar público. Como funciona essa relação autora/beta? Ou estão mais para revisoras?

CA: Eu gosto de saber se estou indo por um caminho certo, estou longe de ser a dona da verdade e não tenho vergonha de pedir ajuda, eu já tive uma história jogada no lixo inteirinha por uma das minhas revisoras, hahaha... Era pra ser uma piada, mas ela ficou passada com o nível de loucura, então vai virar fic só pra gente se divertir, hahaha. Minha relação com a Evelyn é boa, hahaha, eu falo “pode mexer, mas não mate ninguém por favor”, hahahaha. Minha relação com a Vânia Nunes é conturbada, nos amamos e brigamos muito, porque eu falo... coisas, ela puxa minha orelha e tende a me esganar, hahaha. Eu gosto de saber se o povo vai querer ler, acho o trabalho do beta e do revisor fundamental! Só Deus sabe o quanto eu sofri quando vi minha história com mil erros invadindo a casa das pessoas... Quem acha que não precisa de beta precisa rever seus conceitos.

LB: Falando em livros a invadirem a casa das pessoas (esperemos que sem a dor de mil erros), que estratégias de divulgação usaste, e quais as que tiveram mais sucesso?

CA: Nenhuma estratégia maluca. O boca-a-boca ainda é a melhor propaganda. Tenho parcerias, sempre posto degustação antes de "cobrar", tem a página do face e minha página pessoal... Nada demais. Por isso que eu só posso agradecer aos leitores que indicam, sempre falo que tenho os leitores mais legais do mundo, são educados, são carinhosos, se preocupam comigo (além dos livros). Se meus livros ficam em primeiro nas vendas, pode apostar que são eles que fazem muito por mim. Só posso agradecer.

LB: Os leitores-sonho de qualquer autor, então, ahah. E a tua faceta de leitora? Quais são as tuas histórias favoritas (além de Senhora) e quais sentes que mais te influenciaram?

CA: Sou chata pra livro nacional. Tem muita gente que se acha autor, mas não é; tipo, colega, pare, você está fazendo isso errado, hahaha. Pesquisa é importante, verossimilhança é importante, observar os furos (sinopse de: mocinha forte, mas que passa dez capítulos chorando, oras, tem algo errado aí). Inconsistência de enredo... Gente, um beta serve pra isso! Pra caçar e exterminar esses probleminhas! Por isso eu sou bem chata pra livro nacional. Amo de paixão Lucy Vargas, a pesquisa que ela faz é primorosa! O cuidado com o texto, o amor que ela coloca nas páginas, ela respeita o trabalho dela. Quem tem lugar garantido na minha estante: RLaila, Evy Maciel, Evelyn Santana, Lucy Vargas, Barbara Biazioli, Anna Julia Ventura... Tem mais algumas, essas são as que eu mais tenho contato, então eu lembro logo, rs. Eu gosto de romance histórico: Lisa Kleypas, Mary Balogh, Julia Quinn. Gosto de distopia: GOT, Jogos Vorazes, Divergente... Meu estilo como leitora é bem diversificado. De Lauren Kate (Fallen) até Shakespeare, depende do momento. Quem me inspira... Depende do que eu estiver escrevendo.

LB: Por fim, a última questão: algum conselho para aqueles ficwritters que desejam lançar-se no mercado editorial?

CA: Uma boa ideia não serve de nada se não for bem executada. Estudar é um conselho que eu me dou diariamente, ter carinho com seu próprio trabalho e respeitar o leitor. Todo autor acha que sua história é o próximo boom de lançamento; gente, um pouquinho de humildade faz um bem enorme! Mas quer saber...? Quem tem amor pelo que faz não precisa de conselho, porque sempre vai procurar o melhor para sua história, vai se preocupar em ter um beta/revisor, vai se colocar no lugar do leitor.... É só ter amor, colocar respeito e paixão que tudo vai dar certo.

LB: Muito obrigada pelo tempo e palavras despendidos! Tivemos respostas interessantíssimas, com certeza serão lidas com avidez.

A resenha do livro Aluga-se um Noivo será publicada aqui no blog na próxima Quinta-feira.
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